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Bons estudos!
Não tem como falar de demanda e oferta sem falar sobre a evolução do pensamento econômico iniciada através do pensamento clássico econômico, cujo membro principal era Adam Smith, conhecido como o pai da economia moderna.
Adam Smith foi um filósofo e teórico econômico nascido na Escócia em 1723. Ele é conhecido principalmente por seu livro inovador de 1776 sobre economia chamado An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations (Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações).
Smith introduziu o conceito de que o livre comércio beneficiaria os indivíduos e a sociedade como um todo. Ele acreditava que os governos não deveriam impor políticas que interferissem no livre comércio, internamente e no exterior.
O capitalismo de livre mercado (ou livre comércio) é um sistema econômico que apoia o livre fluxo de capital e a troca de bens entre indivíduos e nações sem que os governos intervenham para controlar esse fluxo. Em um mercado livre, as pessoas no mercado irão precificar bens e serviços de forma mais eficaz do que um governo.
Basicamente, Smith derrubou a visão avarenta do mercantilismo e nos deu uma visão de abundância e liberdade para todos. O livre mercado que ele imaginou, embora ainda não totalmente realizado, pode ter feito mais para elevar o padrão de vida global do que qualquer outra ideia isolada na história.
Um hipotético açougueiro, cervejeiro e padeiro nesta economia espera ganhar dinheiro vendendo produtos que as pessoas querem comprar. Se eles forem eficazes em atender às necessidades de seus clientes, eles desfrutarão de recompensas financeiras.
Ao mesmo tempo em que estão engajados em empreendimentos para ganhar dinheiro, eles também fornecem produtos que as pessoas desejam e na quantidade que desejam comprar (oferta e demanda).
Smith argumentou que esse tipo de sistema cria riqueza para o açougueiro, cervejeiro e padeiro e cria riqueza para toda a nação, e que concorrência seria imprescindível para este tipo de economia, o que nos leva à seguinte pergunta: por que concorrência?
A concorrência é uma daquelas coisas que está em todo lugar, mas que a gente nem sempre percebe o quanto ela é fundamental pra que o mercado funcione direitinho. E quando eu digo mercado, não estou falando só de mercado financeiro, mas do mercado como um todo, onde você compra e vende qualquer coisa, seja produto ou serviço.
Mas, afinal, por que a concorrência é tão importante para a demanda e a oferta? E como isso afeta o nosso dia a dia?
Antes de mais nada, vamos entender rapidinho o que é essa tal de concorrência. Em termos simples, concorrência é quando várias empresas ou pessoas estão disputando o mesmo mercado, tentando vender seus produtos ou serviços para os mesmos consumidores. Essa disputa pode ser por preço, qualidade, inovação, atendimento, entre outras coisas.
Agora, pensa comigo: se só existisse uma empresa vendendo, por exemplo, refrigerante, o que ela faria? Provavelmente, aumentaria o preço e deixaria o produto do jeito que quisesse, porque o consumidor não teria outra opção. Mas, quando existem várias empresas vendendo refrigerante, elas precisam lutar pra conquistar a preferência dos consumidores. E é aí que a mágica da concorrência acontece.
Deixa eu deixar tudo mais didático para você. Acompanhe:
Concorrência e Oferta. Vamos começar pela oferta, que é o lado de quem vende. Quando a gente fala de oferta, estamos falando da quantidade de produtos ou serviços que as empresas estão dispostas a colocar no mercado a um determinado preço. Pensa comigo: se só existe uma padaria no bairro, ela pode cobrar caro por aquele pãozinho quentinho. Mas se uma nova padaria abre ali do lado, o que acontece?
Mágica!A primeira padaria pode precisar baixar o preço, melhorar o atendimento ou oferecer algo a mais, como uma variedade maior de pães. A concorrência entre as padarias faz com que a oferta de produtos melhore, tanto em qualidade e diversidade quanto em preço.
Concorrência e Demanda. Agora, vamos falar da demanda, que é o lado de quem compra. A demanda é a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores estão dispostos a comprar a um certo preço. E a concorrência tem um papel fundamental aqui também. Quando as empresas competem entre si, elas não só melhoram a oferta, como já vimos, mas também influenciam a demanda. Como? Imagine que você tá querendo comprar um carro. Existem várias marcas e modelos no mercado, e todas essas empresas estão competindo pelo seu dinheiro. Uma montadora decide lançar um novo modelo de carro com um design incrível e tecnologia de ponta, mas a um preço acessível. O que acontece? A demanda por esse carro vai aumentar, porque ele oferece algo de valor a um preço que as pessoas estão dispostas a pagar. Mas e as outras montadoras? Elas vão ficar paradas vendo a concorrência abocanhar todos os clientes? Claro que não! Elas vão se mexer e podem lançar novos modelos, reduzir preços, melhorar o financiamento ou até oferecer mais benefícios, como garantia estendida ou revisões gratuitas. Isso aumenta a demanda por carros de um modo geral, porque agora os consumidores têm mais opções interessantes.
Concorrência e Inovação. E tem mais: a concorrência não mexe só com oferta e demanda, mas também com inovação. Quando as empresas competem, elas são forçadas a inovar. Por quê? Porque ninguém quer ficar pra trás. Por exemplo, pense no mercado de celulares de novo. As grandes marcas como Apple e Samsung estão sempre competindo pra ver quem lança o modelo mais inovador. Se a Samsung lança um novo recurso no seu celular, como uma câmera com qualidade profissional, a Apple não vai querer ficar pra trás. Ela vai trabalhar duro pra lançar algo ainda melhor no próximo modelo. Essa corrida pela inovação beneficia diretamente o consumidor, que tem acesso a produtos cada vez mais modernos e funcionais. E isso não acontece só com tecnologia. Até mesmo os pequenos negócios precisam inovar pra se manterem competitivos. Um restaurante, por exemplo, pode criar novos pratos, oferecer um ambiente mais aconchegante ou investir em delivery pra atrair mais clientes. Se ele não fizer isso, outro restaurante pode tomar o lugar dele no coração (e no bolso) dos consumidores.
Concorrência e Qualidade. A qualidade dos produtos e serviços também melhora por causa da concorrência. Se uma empresa sabe que tem concorrentes oferecendo produtos de alta qualidade, ela vai precisar garantir que o dela seja igual ou melhor. Caso contrário, vai perder clientes. Vamos pensar em outro exemplo prático: o mercado de roupas. Se uma loja de roupas oferece peças de baixa qualidade a um preço alto, mas uma nova loja surge com roupas de boa qualidade e preços competitivos, a primeira loja vai sentir a pressão. Ela vai precisar melhorar a qualidade das suas roupas, baixar os preços ou oferecer algo a mais, como um excelente atendimento ao cliente, pra continuar atraindo consumidores. E isso é válido em praticamente qualquer setor. A concorrência força as empresas a elevarem seus padrões, o que, no final das contas, é ótimo para os consumidores, que passam a ter acesso a produtos e serviços melhores.
Então, dá pra ver que a concorrência é essencial pra manter o equilíbrio entre a oferta e a demanda. Ela garante que as empresas estejam sempre melhorando, seja nos preços, na qualidade, na inovação ou no atendimento. E isso só traz benefícios pra gente, os consumidores. Quando as empresas competem, nós ganhamos mais opções, preços melhores e produtos de maior qualidade.
E aí, deu pra entender por que a concorrência é tão importante?
Para você ter uma ideia, durante o período de 15 anos após o final da Segunda Guerra Mundial, um terço das marcas líderes de mercado nos Estados Unidos perderam sua liderança. Em dois terços desses casos, por conta dos avanços tecnológicos dos concorrentes.
O mesmo, mas com maior intensidade, aconteceu no Reino Unido anos depois.
Todo o mundo sabia que a Segunda Guerra havia terminado, mas poucos sabiam que a Guerra das Marcas estava apenas começando.
Quando a gente fala em “guerra” de marcas, não estamos falando de uma disputa física, claro, mas de uma verdadeira guerra de marketing, onde as empresas não medem esforços pra mostrar que são melhores que suas rivais. E, olha, algumas dessas batalhas são tão épicas que até quem não trabalha com marketing acaba se divertindo.
Quer ver como essas rivalidades podem ser intensas? Vamos dar uma olhada nas “brigas” de marcas mais icônicas da história.
Coca Cola Vs Pepsi. Vamos começar com uma das disputas mais conhecidas de todos os tempos: Coca-Cola e Pepsi. Essas duas gigantes do mundo dos refrigerantes estão em pé de guerra há décadas, e essa rivalidade gerou alguns dos comerciais mais memoráveis da história. A Pepsi sempre foi a marca que se posicionou como a “alternativa mais jovem” em relação à Coca-Cola, que é vista como a tradicional, a clássica. Um dos momentos mais icônicos dessa guerra foi na década de 1980, com a “Pepsi Challenge”. Nesse desafio, a Pepsi colocava as pessoas para provar dois copos de refrigerante (um de Coca-Cola e outro de Pepsi) sem saber qual era qual. No final, as pessoas eram perguntadas qual preferiam, e claro, nos comerciais, a maioria escolhia a Pepsi. Foi uma cutucada direta na rival, insinuando que, sem o rótulo, a Pepsi era mais gostosa. Nos anos 90, a Pepsi colocou dois motoristas de caminhão, um da própria marca e um da Coca-Cola, sentados lado a lado em um restaurante. Em determinado momento, os personagens trocam de refrigerantes para comparar sabores. O motorista da Pepsi devolve a Coca-Cola ao novo amigo, mas o da Coca-Cola não devolve a Pepsi.
Apple Vs Microsoft. Nos anos 2000, a Apple lançou uma série de comerciais chamados “Get a Mac”, onde dois personagens representavam um Mac (jovem, descolado e moderno) e um PC (mais velho, quadrado e cheio de problemas). Esses comerciais faziam piada direta com a Microsoft, mostrando o Mac como uma escolha muito mais moderna e descomplicada. Cansada de “apanhar” nos anúncios, a Microsoft respondeu com campanhas que exaltavam as funcionalidades e a compatibilidade dos seus produtos, tentando quebrar a imagem de que PCs eram obsoletos e problemáticos. A briga foi tão intensa que acabou marcando toda uma geração e, de certa forma, ajudou a moldar as identidades dessas marcas.
McDonald’s Vs Burger King. Por fim, não podia faltar a guerra no mercado de fast foods. Esta guerra já tem décadas, e os dois gigantes da indústria de fast food não mostraram nenhuma misericórdia: ambos lutam para atrair o máximo de clientes possíveis. A publicidade, claro, é um dos locais de jogos favoritos para se desafiarem. Uma das campanhas mais engraçadas do Burger King foi o “Whopper Detour”, em 2018. Eles criaram um aplicativo que dava um Whopper por 1 centavo, mas só se você estivesse perto de um McDonald’s. Sim, você leu certo! O BK queria que os clientes passassem na frente de um McDonald’s para, logo em seguida, ir a um Burger King comprar um Whopper quase de graça. Foi uma jogada de mestre, que mostrou como o BK não tem medo de provocar. São várias as “cutucadas”, mas a mais interessante para se citar aqui é uma propaganda onde o McDonald’s instalou uma placa com as direções para a sua lanchonete mais próxima — e o endereço do concorrente. A curiosidade? O fast food do palhaço está a apenas 5 quilômetros de distância da região, enquanto a do Burger King está a 258 quilômetros — o comercial foi gravado em Brioude, uma pequena cidade na França. O Burger King resolveu aproveitar as imagens do mesmo comercial “crítico” para mostrar um casal que vai até o McDonald’s, compram apenas um café grande e depois percorre esses 258 quilômetros para chegar até o Burger King para pedir um lanche.
Adidas Vs Puma. Essa aqui é diferente, porque não é só entre marcas, mas entre irmãos! Isso mesmo, Adidas e Puma nasceram da briga entre Adolf e Rudolf Dassler, dois irmãos que começaram trabalhando juntos, mas acabaram se separando e criando suas próprias marcas de calçados. A rixa entre as marcas é tão intensa que até os próprios funcionários das fábricas, na Alemanha, evitavam se cruzar nas ruas. De um lado, a Adidas, mais focada em inovação e tecnologia nos calçados esportivos. Do outro, a Puma, sempre tentando desafiar a Adidas em termos de estilo e performance. Ao longo dos anos, essa disputa se manifestou em diversas frentes, incluindo patrocínios de atletas. Um exemplo clássico é o apoio de cada marca a diferentes jogadores de futebol. Enquanto a Adidas conquistava grandes estrelas como Lionel Messi, a Puma fechava com atletas icônicos como Pelé e Diego Maradona. Cada passo, cada chute, era uma chance de uma marca superar a outra.
Audi Vs BMW. Agora, se você quer ver um exemplo de rivalidade publicitária que foi direto pras ruas, precisa conhecer a briga entre Audi e BMW. Essas duas marcas de carros de luxo protagonizaram uma batalha épica de outdoors que ficou na história. Tudo começou quando a Audi colocou um outdoor gigantesco em Los Angeles com a frase “Your move, BMW” (Sua jogada, BMW) ao lado de um carro da marca. A BMW, que não é boba nem nada, respondeu com um outdoor ainda maior, logo em frente ao da Audi, com a frase “Checkmate” (Xeque-mate) e a imagem de um carro da BMW. Foi como assistir a um jogo de xadrez publicitário, e claro, quem ganhou foram os consumidores, que se divertiram com a troca de provocações. Essa guerra não ficou só nos outdoors. Ambas as marcas continuaram trocando farpas em comerciais de TV, sempre tentando provar que seu carro era mais rápido, mais luxuoso e mais avançado tecnologicamente.
Essas “brigas” de marcas, apesar de serem provocativas, são extremamente estratégicas. Elas ajudam a manter as marcas relevantes, geram conversa entre os consumidores (principalmente nas mídias sociais) e, muitas vezes, definem o mercado.
E aí, percebeu como essas rivalidades moldaram o jeito que a gente vê essas marcas hoje? Não é só sobre vender mais; é sobre criar uma narrativa, uma identidade que diferencia uma marca da outra. E, no final das contas, quem ganha com tudo isso somos nós, que podemos escolher o que mais nos agrada, seja pelo preço, qualidade, ou até pelo humor dos comerciais, não é verdade?!
Quando a gente fala em “mercado”, estamos falando de algo muito mais amplo do que só um lugar onde a gente faz compras.
No mundo da economia, mercado é basicamente o ambiente onde vendedores e compradores se encontram para trocar bens, serviços ou até mesmo ideias. É ali que os preços são definidos, as quantidades são decididas e as negociações acontecem. E dentro desse grande guarda-chuva chamado “mercado”, existem vários tipos diferentes, cada um com suas características e peculiaridades.
Vamos dar uma olhada nesses tipos de mercados e entender como eles funcionam na prática:
Monopólio: Quando Só Tem Um na Jogada. Vamos começar pelo monopólio, que é quando uma única empresa controla totalmente o mercado de um produto ou serviço. Ou seja, não tem concorrência direta, e ela acaba mandando em tudo: preço, qualidade, disponibilidade… tudo mesmo. Isso pode ser bom ou ruim, depende do ponto de vista. Por um lado, a empresa pode investir pesado em inovação, já que tem segurança financeira. Por outro, sem concorrência, ela pode cobrar o preço que quiser e não se preocupar tanto com a qualidade, porque o consumidor não tem outra opção. Um exemplo clássico de monopólio no Brasil é a Petrobras, que por muito tempo foi a única empresa autorizada a explorar petróleo no país. Embora o mercado tenha se aberto um pouco nos últimos anos, a Petrobras ainda tem uma posição dominante, principalmente na produção de combustíveis. Outro exemplo, também no Brasil, seria os Correios, que ainda detêm o monopólio do serviço de envio de cartas. Se você precisa enviar uma carta pelo correio, não tem como fugir deles, é pegar ou largar.
Oligopólio: Poucos Mandam em Muito. Agora, imagine que em vez de uma única empresa, existem poucas, mas que controlam quase todo o mercado. Isso é o que a gente chama de oligopólio. Nesse tipo de mercado, as empresas podem até competir entre si, mas como são poucas, elas acabam se monitorando de perto e, muitas vezes, tomam decisões estratégicas em conjunto, como aumentar ou baixar preços, lançar novos produtos, etc. Um exemplo bem conhecido de oligopólio é o setor de telecomunicações no Brasil, onde empresas como Vivo, Claro e TIM dominam o mercado. Outro exemplo é o mercado de aviação comercial, onde empresas como Gol e LATAM competem, mas juntas, acabam controlando quase todo o mercado. E tem também o mercado automobilístico, onde marcas como Volkswagen, Fiat e Chevrolet reinam praticamente sozinhas. Perceba que, mesmo com várias marcas, o mercado é dominado por poucas.
Monopsônio: Um Comprador e Muitos Vendedores. O monopsônio é o oposto do monopólio, só que do lado do comprador. Aqui, temos um único comprador que dita as regras para vários vendedores. Isso é mais raro de acontecer, mas não impossível. Quando uma empresa ou uma entidade é o único comprador de certo produto ou serviço, ela acaba tendo um poder enorme sobre os preços e as condições de venda. Um exemplo clássico é o governo em relação à compra de armamentos. No Brasil, o governo é praticamente o único comprador de armamentos e equipamentos militares, o que dá a ele um poder enorme sobre os fabricantes. Outro exemplo poderia ser grandes redes de supermercados que, em algumas regiões, são os únicos compradores de produtos agrícolas de pequenos produtores. Se o mercado local só tem um grande comprador, ele acaba controlando os preços que vai pagar aos agricultores, que, por sua vez, têm pouca margem para negociar.
Oligopsônio: Poucos Compradores, Muitos Vendedores. No oligopsônio, a lógica é parecida com a do oligopólio, mas aqui estamos falando de poucos compradores e muitos vendedores. Esse tipo de mercado é comum em setores onde existem grandes empresas compradoras que acabam ditando as regras para vários fornecedores menores. Um exemplo interessante é o mercado de cacau. Grandes fabricantes de chocolate, como Nestlé e Mars, são os principais compradores de cacau no mundo. Isso dá a eles um poder considerável para negociar preços com os agricultores, que são muitos, mas têm pouca influência sobre o mercado global. Outro exemplo pode ser visto no mercado de leite, onde grandes indústrias lácteas compram a produção de milhares de pequenos produtores. Essas poucas indústrias acabam determinando o preço que vão pagar pelo leite, impactando diretamente a vida dos produtores.
Concorrência Perfeita: Igualdade para Todos. Por fim, temos a concorrência perfeita, que, na teoria, é o tipo de mercado mais justo. Nesse cenário ideal, existem muitos vendedores e muitos compradores, e ninguém tem poder suficiente para influenciar o mercado sozinho. Aqui, os produtos são homogêneos (ou seja, iguais), e todos têm acesso à mesma informação. Isso significa que os preços são determinados pela oferta e demanda, e as empresas têm que competir para oferecer o melhor produto ao melhor preço. Agora, na prática, é difícil encontrar um mercado que seja realmente de concorrência perfeita, mas alguns mercados agrícolas se aproximam desse modelo. Pense no mercado de frutas e legumes em uma feira livre, por exemplo. Existem muitos vendedores e compradores, os produtos são relativamente semelhantes, e os preços variam conforme a oferta e a demanda do dia. Outro exemplo seria o mercado de ações, onde existem milhares de compradores e vendedores, e o preço das ações é determinado em tempo real, conforme a oferta e demanda.
Entender os diferentes tipos de mercados ajuda a gente a entender melhor como o mundo funciona.
Desde monopólios, onde uma única empresa reina absoluta, até a concorrência perfeita, onde todos competem em pé de igualdade, cada tipo de mercado tem suas vantagens e desvantagens. E claro, conhecer esses conceitos também nos ajuda a fazer escolhas mais informadas, seja na hora de investir, comprar ou até mesmo entender como certas empresas ou setores funcionam.
Então, da próxima vez que você estiver comprando algo, vale a pena parar e pensar: em que tipo de mercado estou operando agora? Será que estou lidando com um monopólio, um oligopólio, ou talvez algo mais próximo da concorrência perfeita? Pensar nisso pode mudar sua perspectiva sobre o que você está consumindo e como as empresas que você escolhe realmente operam.
Como tudo na vida, os mercados não são estáticos. Eles também “crescem, amadurecem, reproduzem e morrem”.
Vamos imaginar o mercado como se fosse uma grande festa. No começo, você tá super animado, cheio de energia e expectativa, mas, à medida que o tempo passa, essa empolgação pode ir mudando. Assim como uma festa, os mercados também têm fases diferentes, desde aquele momento inicial de euforia até um ponto em que as coisas começam a desacelerar. Essas fases são conhecidas como ciclo de vida dos mercados, que passam pelas etapas de lançamento, crescimento, maturidade e declínio. Cada uma dessas fases tem características próprias, e entender como elas funcionam é essencial para qualquer pessoa interessada em negócios ou economia.
Então, vamos dar uma olhada em cada uma dessas fases e como elas se manifestam na prática, com exemplos que ajudam a entender melhor todo esse processo.
Fase de Lançamento: O Começo da Festa. Tudo começa com o lançamento. Nessa fase, um novo produto ou serviço é introduzido no mercado. É aquela parte em que as empresas estão investindo pesado em marketing, tentando chamar a atenção das pessoas, despertando o interesse inicial. Mas, como todo começo, pode ser um pouco difícil. O produto é novo, as pessoas ainda não estão familiarizadas, e as vendas podem ser meio devagar no início. Um bom exemplo disso foi o lançamento do primeiro iPhone, lá em 2007. Na época, um celular com tela touch, sem teclado físico, era uma novidade gigantesca. No começo, muitas pessoas estavam curiosas, mas havia também muita desconfiança. A Apple investiu pesado em campanhas de marketing para mostrar as vantagens desse novo aparelho. Quem já tinha celular se perguntava: “Será que isso realmente vai funcionar?”. Mas, aos poucos, as pessoas começaram a perceber o potencial, e as vendas começaram a engrenar. Outro exemplo é o mercado de carros elétricos, que, no início, enfrentou uma certa resistência. Muita gente achava que eles não teriam autonomia suficiente ou que seriam muito caros para a maioria das pessoas. No entanto, com o tempo, esse mercado foi crescendo, com empresas como Tesla liderando a inovação e mudando a percepção das pessoas sobre o que um carro elétrico pode oferecer.
Fase de Crescimento: A Festa Está Bombando! Depois do lançamento, se tudo correr bem, o mercado entra na fase de crescimento. Aqui, o produto já foi aceito pelo público, as vendas começam a disparar, e a empresa pode finalmente respirar aliviada. As margens de lucro aumentam, e a concorrência começa a aparecer, pois outros jogadores veem que há um mercado promissor e querem uma fatia desse bolo. Voltando ao exemplo do iPhone, a fase de crescimento veio rápido. As pessoas começaram a adotar o smartphone como algo indispensável, e as vendas dispararam. A Apple lançou novas versões, cada vez mais sofisticadas, e outras empresas, como Samsung e LG, começaram a desenvolver seus próprios smartphones, acirrando a competição. Outro exemplo é o mercado de streaming de vídeo. Quando a Netflix lançou seu serviço, ainda era algo meio de nicho. Mas, com o tempo, as pessoas começaram a migrar da TV a cabo para o streaming, e esse mercado explodiu. Hoje, temos várias outras empresas competindo, como Amazon Prime, Disney+, HBO Max, cada uma tentando capturar a atenção do público com conteúdo exclusivo e serviços diferenciados.
Fase de Maturidade: Todo Mundo Curtindo, Mas… Chegamos então à fase de maturidade. Aqui, o mercado já está bem estabelecido, as vendas são estáveis, mas o ritmo de crescimento começa a desacelerar. Isso porque a maioria das pessoas que queria o produto já comprou, e as empresas agora precisam lutar para manter sua posição. Nessa fase, a inovação continua, mas geralmente de forma mais incremental, com melhorias nos produtos existentes em vez de grandes inovações disruptivas. O mercado de smartphones é um exemplo claro dessa fase. Hoje em dia, praticamente todo mundo já tem um smartphone, e as inovações são mais incrementais, como melhorias na câmera, processador mais rápido, ou baterias com maior duração. A competição entre as marcas se dá mais pelo design, marca, e pequenas melhorias tecnológicas, já que o mercado como um todo está bastante saturado. Outro exemplo é o mercado de refrigerantes. Por décadas, empresas como Coca-Cola e Pepsi dominaram o mercado de bebidas carbonatadas. Hoje, esse mercado está maduro, com pouca margem para crescimento. As empresas investem em novas embalagens, campanhas publicitárias criativas, e variações de produtos, como versões com menos açúcar ou sabores diferentes, para manter o interesse do público.
Fase de Declínio: Hora de Ir Embora? Por fim, temos a fase de declínio. Aqui, o mercado começa a mostrar sinais de desgaste. As vendas diminuem, o produto já não é mais tão atraente, e as empresas precisam decidir se continuam investindo ou se é hora de partir para outra. Isso pode acontecer por vários motivos, como novas tecnologias substituindo o produto, mudanças nas preferências dos consumidores, ou simplesmente porque o produto já cumpriu seu ciclo. Um exemplo clássico é o mercado de CDs e DVDs. Com a chegada do streaming de música e vídeo, a venda de CDs e DVDs despencou. As pessoas preferem a conveniência de acessar músicas e filmes online, sem precisar de um meio físico. Empresas que antes lucravam bastante com esses produtos tiveram que se reinventar ou sair do mercado. Outro exemplo é o mercado de câmeras digitais compactas. Com a popularização dos smartphones, que vêm equipados com câmeras cada vez melhores, a demanda por câmeras digitais dedicadas caiu drasticamente. Hoje, a maioria das pessoas usa o próprio celular para tirar fotos, deixando o mercado de câmeras compactas em forte declínio.
Entender o ciclo de vida dos mercados é essencial para qualquer empresa ou empreendedor que queira navegar com sucesso no mundo dos negócios. Cada fase – lançamento, crescimento, maturidade e declínio – traz desafios e oportunidades únicas.
Identificar em que fase um mercado ou produto está pode ajudar a tomar decisões estratégicas, seja investindo mais em inovação durante o crescimento, seja diversificando os produtos na maturidade, ou até mesmo reconhecendo a hora certa de sair de um mercado em declínio.
Então, da próxima vez que você perceber uma nova tecnologia surgindo, ou que um produto que você adora está começando a desaparecer das prateleiras, tente pensar: “Em que fase do ciclo de vida ele está agora?”. Essa reflexão vai te ajudar a entender melhor como o mercado se comporta e, quem sabe, até a tomar decisões mais informadas como consumidor ou investidor.
Vamos terminar esse curso com um exemplo bem gostoso? Bolo de chocolate!
Vamos imaginar o seguinte cenário: você está numa festa de fim de ano e, de repente, bate aquela fome. A mesa tá cheia de opções: salgadinhos, doces, frutas… Mas claro, tem um prato que é o favorito de todo mundo, o famoso bolo de chocolate. Agora, vamos supor que só tem um bolo de chocolate pra toda a festa.
Naturalmente, muita gente vai querer uma fatia, mas será que tem bolo suficiente pra todo mundo? E se, ao invés disso, tivesse uns dez bolos iguais, como ficaria a situação? Essa ideia básica ajuda a gente a entender o que são a demanda e a oferta e como a lei da oferta e da demanda funciona na prática.
A demanda, você já sabe! Ela é a vontade das pessoas de comprar um determinado produto ou serviço, mas não é só querer, é querer e poder comprar. No nosso exemplo do bolo, a demanda seria o número de pessoas que querem uma fatia do bolo de chocolate. Se a festa tá cheia de chocólatras, a demanda vai ser alta, porque todo mundo quer aquele bolo específico. Agora, se por acaso a maioria prefere salgadinhos, a demanda pelo bolo vai ser menor.
Na prática, essa ideia de demanda funciona do mesmo jeito em qualquer mercado. Vamos pensar em épocas de Natal, por exemplo. A demanda por presentes, como brinquedos, roupas, eletrônicos, sobe bastante nessa época do ano. Todo mundo tá correndo pra comprar algo pra família, amigos, e isso faz com que a demanda por esses produtos dispare. As lojas sabem disso e, muitas vezes, até aumentam os preços porque sabem que as pessoas vão comprar de qualquer jeito, né?
Agora, do outro lado, temos a oferta, que você também já conhece! Ela é a quantidade de um produto ou serviço que está disponível no mercado. Voltando ao exemplo do bolo, se tem só um bolo pra toda a festa, a oferta é baixa. Se tem dez bolos, a oferta é alta. A oferta, no geral, depende de vários fatores, como a capacidade de produção, disponibilidade de matéria-prima, entre outros.
No mundo real, vamos pensar nos produtores de frutas. Durante a safra de morangos, por exemplo, a oferta de morangos é muito maior. Você vê morangos em toda feira, supermercado, e os preços geralmente caem, porque tem tanto morango disponível que os produtores precisam vender logo, antes que estraguem. Agora, fora da safra, a oferta diminui, e aí você vai ver os preços subindo, porque tem menos morangos disponíveis, mas a demanda pode continuar alta.
Aqui entra a dinâmica mais interessante: a lei da oferta e da demanda.
Essa lei é como um jogo de equilíbrio entre a oferta (quantidade disponível) e a demanda (quantidade desejada). Ela basicamente diz que o preço de um produto ou serviço tende a se ajustar até que a quantidade que as pessoas querem comprar seja igual à quantidade que está disponível.
Imagina que, na nossa festa, a pessoa que organizou decidiu exagerar e fez dez bolos de chocolate. Só que, nessa festa, só tem cinco pessoas que realmente querem comer bolo de chocolate. O que acontece? Tem mais bolo do que gente pra comer, ou seja, a oferta é maior que a demanda. Nesse caso, o preço do bolo (se a gente fosse vender as fatias) teria que cair pra tentar atrair mais pessoas a comerem. Se as fatias tivessem um preço alto, ninguém iria querer, já que tem muito bolo sobrando e pouca gente interessada.
Isso acontece muito no mercado. Pensa na Black Friday. Muitas lojas estocam produtos em excesso, esperando um boom de vendas. Se, por algum motivo, a demanda não for tão alta quanto esperado, as lojas começam a fazer promoções ainda maiores, baixando os preços pra tentar se livrar do estoque. Um exemplo prático foi a baixa demanda por TVs durante um ano em que muitos consumidores já tinham comprado novas TVs na Copa do Mundo anterior. As lojas ficaram com excesso de estoque e precisaram baixar os preços drasticamente pra conseguir vender.
Agora, vamos inverter a situação. Digamos que só tem um bolo de chocolate na festa, mas dessa vez, todo mundo quer uma fatia. A demanda é altíssima, mas a oferta é super limitada. O que acontece nesse caso? O preço do bolo subiria, porque as pessoas estariam dispostas a pagar mais só pra garantir uma fatia. Quem chegar primeiro leva, e quem estiver disposto a pagar mais provavelmente vai conseguir o que quer.
No mundo dos negócios, isso acontece bastante também. Um exemplo clássico é durante os feriados, como Páscoa. A demanda por ovos de chocolate é altíssima, mas como a produção tem um limite, os preços podem subir, especialmente nos dias mais próximos ao feriado, quando as pessoas estão desesperadas pra comprar.
Outro exemplo é o mercado imobiliário em grandes cidades. Quando a demanda por apartamentos em uma área específica é muito alta, mas a oferta de apartamentos é limitada, os preços disparam. Quem já tentou alugar ou comprar um apartamento em uma cidade grande como São Paulo sabe bem como é essa dinâmica.
Agora, e se eu te dissesse que existe um ponto em que todo mundo fica satisfeito? Esse é o tal do equilíbrio de mercado.
No equilíbrio, a quantidade de produtos e serviços que os consumidores desejam comprar é exatamente igual à quantidade de produtos e/ou serviços que os produtores querem vender. Não há sobras, nem faltas. Existe uma coerência entre o que as pessoas querem e o que está disponível.
Vamos voltar ao exemplo do bolo na festa. Se tem dez pessoas e um bolo que dá exatamente dez fatias, temos um equilíbrio perfeito. Ninguém vai ficar sem bolo, e não vai sobrar nada. No mercado, esse equilíbrio é o ponto onde a oferta encontra a demanda de forma perfeita. É onde os preços tendem a se estabilizar, porque não há pressão pra que subam ou caiam.
Esse conceito é fundamental pra entender como os mercados funcionam no dia a dia. Quando um mercado está em equilíbrio, as empresas não precisam mudar seus preços, porque estão vendendo exatamente o que produzem. Por outro lado, se o equilíbrio é quebrado – digamos, um aumento repentino na demanda ou uma queda na oferta – aí os preços começam a oscilar.
O que é interessante sobre a oferta e a demanda é que elas não são estáticas. Elas estão sempre mudando, reagindo a diferentes fatores, como mudanças na economia, variações sazonais, avanços tecnológicos, e até mesmo mudanças no gosto dos consumidores.
Por exemplo, a popularidade das bicicletas elétricas aumentou bastante nos últimos anos, impulsionada por uma demanda crescente por meios de transporte mais sustentáveis. No começo, a oferta era limitada, e os preços eram bem altos. Com o tempo, mais fabricantes entraram no mercado, a oferta aumentou e os preços começaram a cair.
Perceba, então, que a lei da oferta e da demanda é como um grande jogo de equilíbrio. Quando a demanda sobe e a oferta não acompanha, os preços sobem. Quando a oferta aumenta e a demanda não segue o mesmo ritmo, os preços caem. E é isso que mantém o mercado funcionando, com empresas ajustando seus preços e produção pra tentar encontrar esse equilíbrio.
Entender como funcionam a demanda, a oferta e o equilíbrio do mercado é essencial pra gente entender por que os preços mudam, por que certos produtos se tornam mais caros ou mais baratos em diferentes épocas, e como as empresas tomam decisões de produção e marketing.
Da próxima vez que você perceber que algo que você quer comprar tá mais caro ou mais barato, tenta lembrar dessas dinâmicas. Talvez seja só a oferta, a demanda e o equilíbrio do mercado fazendo seu jogo no mercado. Essa é uma maneira bem prática de entender como as coisas funcionam no mundo dos negócios!
Vamos lá, quando a gente pensa em preço de produto ou serviço, muita coisa passa pela cabeça, né? Aquele preço que você vê na prateleira do supermercado ou no site de compras não saiu do nada, não foi chutado. As empresas fazem um cálculo bem detalhado pra definir quanto vão cobrar por aquilo que produzem ou oferecem. E, no meio de todo esse processo, a tal da oferta e demanda desempenha um papel fundamental.
Vou te explicar como tudo isso funciona de forma didática:
Começando pelo Custo. Primeiro de tudo, as empresas precisam saber quanto custa pra elas produzir o que estão vendendo. Isso inclui tudo: matéria-prima, mão de obra, energia, transporte, embalagem, e por aí vai. Esse custo total é a base de qualquer cálculo de preço. Se uma empresa gasta R$ 10,00 pra produzir uma unidade de um produto, ela não pode vender por menos do que isso, senão vai ter prejuízo, certo? Mas, só cobrir o custo não é suficiente. A empresa precisa ter lucro. Então, além de cobrir os R$ 10,00 de custo, ela vai adicionar uma margem de lucro. Digamos que a empresa decida que precisa de 20% de lucro em cima do custo. Isso significa que o preço mínimo que ela deveria cobrar seria R$ 12,00 (R$ 10,00 + 20%).
Entendendo a Demanda. Agora, vamos falar da demanda. Como a gente já conversou, demanda é a vontade e capacidade das pessoas de comprar um determinado produto ou serviço. Se a empresa sabe que tem muita gente interessada em comprar o produto dela, ela pode se dar ao luxo de cobrar um pouco mais. Por quê? Porque as pessoas estão dispostas a pagar. É aquela velha história da água no deserto: se só tem uma garrafinha de água e muita gente com sede, o preço vai lá pra cima. Por exemplo, em tempos de alta demanda, como o Natal, os preços dos eletrônicos sobem. A demanda é alta, e as empresas aproveitam essa oportunidade pra aumentar os preços, sabendo que os consumidores vão pagar.
Considerando a Oferta. Do outro lado, a oferta é a quantidade de produto ou serviço que a empresa consegue colocar no mercado. Se a oferta é maior do que a demanda, a empresa pode acabar com muito produto encalhado. E aí, o que ela faz? Baixa o preço pra conseguir vender. É aquela liquidação que você vê nas lojas quando as estações mudam. Chegou o verão, mas a loja ainda tem um monte de casaco de inverno? Preços caem pra desocupar o estoque. Um exemplo clássico é o mercado de frutas. Quando estamos na safra, a oferta de frutas como morango e melancia aumenta muito. Isso faz com que os preços caiam, porque tem muita oferta e as empresas querem vender logo antes que a fruta estrague.
Elasticidade da Demanda. Agora, uma coisa interessante que as empresas consideram é a tal da elasticidade da demanda. Parece complicado, mas é bem simples. Elasticidade da demanda mede o quanto a demanda por um produto muda quando o preço dele muda. Se um pequeno aumento de preço faz a demanda cair bastante, a demanda é elástica. Se a demanda não muda muito mesmo com o aumento de preço, ela é inelástica. Por exemplo, produtos de necessidade básica, como arroz e feijão, tendem a ter uma demanda inelástica. Mesmo que o preço suba, as pessoas vão continuar comprando porque precisam desses produtos no dia a dia. Por outro lado, produtos de luxo, como carros esportivos, têm uma demanda mais elástica. Se o preço subir muito, a demanda pode cair, porque não é algo que as pessoas precisam comprar.
O Preço de Equilíbrio. Então, como é que a empresa encontra o preço ideal? É aí que entra o tal do preço de equilíbrio. Esse é o ponto em que a quantidade que a empresa quer vender é igual à quantidade que as pessoas querem comprar. Lembra do exemplo do bolo na festa? Se a oferta e a demanda se encontram no meio, todo mundo sai ganhando. As empresas fazem estudos de mercado, olham para os concorrentes, analisam o comportamento dos consumidores e tentam encontrar esse preço de equilíbrio. Não é uma ciência exata, mas com os dados certos, elas conseguem chegar bem perto. Quando a Apple lança um novo iPhone, por exemplo, ela já sabe que a demanda inicial vai ser altíssima, mesmo que o preço seja elevado. Por isso, a Apple pode começar com um preço bem alto e ir reduzindo ao longo do tempo, conforme a demanda vai caindo e os concorrentes lançam produtos similares. A empresa usa a lei da oferta e demanda a seu favor: começa com um preço alto quando a demanda está no pico e ajusta conforme o mercado dá aquela “esfriada”. No mundo da moda, quando uma nova coleção de inverno chega às lojas, os preços são altos porque a oferta ainda é limitada e a demanda está começando a subir. Mas, à medida que a temporada avança e as novas coleções de verão começam a chegar, a oferta de roupas de inverno começa a superar a demanda, e os preços caem drasticamente. É aí que você vê aquelas liquidações de 50%, 70% de desconto, tudo pra liberar o estoque e evitar prejuízo. Na época da Páscoa, por exemplo, os ovos de chocolate são caríssimos, porque a demanda é altíssima e a oferta, por mais que seja grande, ainda não atende a todo mundo. Passou a Páscoa? Os preços caem, porque a demanda desaparece e os supermercados precisam desovar o que sobrou.
Concorrência e Diferenciação. Além da oferta e demanda, as empresas também olham pros concorrentes na hora de definir o preço. Se o concorrente vende o mesmo produto por R$ 15,00, a empresa vai pensar duas vezes antes de cobrar R$ 20,00. A menos que tenha um diferencial claro – como qualidade superior, marca reconhecida, ou algum recurso exclusivo – a empresa vai ter que ajustar o preço pra não perder clientes. Por outro lado, se a empresa consegue se diferenciar, como a Apple faz com os iPhones, ela pode cobrar mais caro porque os consumidores estão dispostos a pagar por aquela diferenciação. É só você pensar naquele restaurante chique que até pra sentar na cadeira parece que gastou R$100,00. Perceba que a empresa pode cobrar pela referência que ela se tornou no mercado, e isso é muito poderoso!
Em resumo, o preço dos produtos e serviços é fruto de uma dança bem coordenada entre a oferta, a demanda, os custos de produção, a elasticidade da demanda e a concorrência. As empresas precisam estar sempre atentas ao mercado, analisando dados, estudando tendências e, claro, ouvindo o consumidor. No final do dia, o objetivo é encontrar o ponto ideal, o preço de equilíbrio, onde a empresa consegue vender o máximo possível, com o melhor lucro possível, sem espantar os clientes.
Então, da próxima vez que você ver uma etiqueta de preço, lembre-se: tem muito cálculo e estratégia por trás daquele número!
Esperamos que todo esse conhecimento tenha sido de grande valia para você! 🙂
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