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Bons estudos!
Os estudos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm uma história que remonta a várias décadas. A compreensão do TEA evoluiu ao longo do tempo e foi influenciada por diversas descobertas e avanços na área da psicologia, medicina e neurociência.
A primeira descrição significativa de crianças com características que hoje são associadas ao TEA foi feita pelo médico austríaco Leo Kanner.
Em 1943, Kanner publicou um artigo que o tornaria amplamente conhecido no campo do autismo: “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo” (traduzido para o português).
Esse artigo foi publicado na revista “Nervous Children“, onde Kanner detalhou os casos de onze crianças que compartilhavam características notáveis, como um isolamento social pronunciado desde os primeiros anos de vida e uma fixação obsessiva na manutenção de rotinas inalteradas.
Foi nessa pesquisa que Kanner introduziu o termo “autistas” para descrever essas crianças, marcando um marco importante na compreensão do autismo.
Outro pesquisador importante nesse campo foi Hans Asperger, um pediatra austríaco, que, na mesma época de Kanner, descreveu um grupo de crianças com características semelhantes, porém com habilidades linguísticas e cognitivas mais preservadas. Essa condição ficou conhecida como Síndrome de Asperger.
Nos anos seguintes, os estudos continuaram a expandir a compreensão do TEA, identificando uma ampla variedade de sintomas e características associadas ao transtorno. A introdução do conceito de “espectro” destacou a variação significativa na gravidade dos sintomas e na funcionalidade das pessoas com TEA.
Avanços na neurociência, genética e pesquisa em desenvolvimento infantil também contribuíram para uma melhor compreensão das bases biológicas e genéticas do TEA. Descobertas de que fatores genéticos e ambientais podem desempenhar papéis na manifestação do transtorno também foram importantes.
Além disso, ao longo dos anos, houve uma maior conscientização e aceitação da importância de abordagens terapêuticas e educacionais voltadas para o autismo, o que levou ao desenvolvimento de intervenções e estratégias de apoio mais eficazes.
Hoje, os estudos sobre o TEA continuam avançando, com pesquisadores em todo o mundo trabalhando para compreender melhor as causas, os tratamentos e as melhores práticas de apoio para pessoas com TEA.
O conhecimento sobre o TEA tem evoluído significativamente ao longo do tempo e continua a crescer, ajudando a melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por esse transtorno.
Ah, e como sempre, deixaremos o conteúdo bem mastigadinho, ilustrado e cheio de exemplos práticos para você!
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Preparados? Pois estão, vamos começar!
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de desenvolvimento neurológico que afeta a capacidade de uma pessoa de se comunicar e interagir com os outros. É chamado de “espectro” porque a condição se manifesta de maneiras diferentes e com intensidades variadas em cada pessoa que a possui.
Características comuns do TEA incluem:
Dificuldades de Comunicação e Interação Social: Pessoas com TEA podem ter dificuldade em entender e usar a linguagem verbal e não verbal, o que afeta a capacidade de se comunicar efetivamente. Elas também podem ter dificuldade em compartilhar interesses e emoções ou em entender e interpretar os sentimentos e intenções dos outros. Imagine aqui uma criança com TEA brincando com amigos. Essa criança pode, por exemplo, não entender quando seus colegas estão brincando de esconde-esconde porque não percebe as pistas sociais e o jogo de esconderijo envolve interações sociais complexas.
Comportamentos Repetitivos e Interesses Restritos: Muitas vezes, indivíduos com TEA exibem padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos. Isso pode incluir movimentos corporais repetitivos (como balançar as mãos), fixação em rotinas rígidas, sensibilidade sensorial (como aversão a certos sons ou texturas) ou interesse intenso em tópicos específicos. Um exemplo seria um adolescente com TEA que tem um interesse extremamente intenso em trens. Ele pode passar horas pesquisando, colecionando modelos de trens e falando sobre trens, mesmo quando seus amigos estão interessados em diferentes tópicos.
Início na Infância: Os sintomas do TEA geralmente aparecem nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico possa ocorrer mais tarde, especialmente em casos mais leves ou em pessoas com habilidades compensatórias. Suponha que um bebê com TEA não responda aos sorrisos ou tentativas de comunicação dos pais desde muito cedo, como outros bebês costumam fazer. À medida que essa criança cresce, os pais podem notar que ela não está desenvolvendo a fala ou a linguagem de forma típica, o que pode levá-los a buscar avaliação e apoio e descobrir a TEA.
Impacto ao Longo da Vida: O TEA é uma condição permanente, mas suas manifestações podem mudar ao longo do tempo. Com apoio e intervenções adequadas, muitas pessoas com TEA podem melhorar suas habilidades sociais e de comunicação e levar uma vida plena e produtiva. Considere aqui, como exemplo, um adulto com TEA que, durante a infância, recebeu terapia e suporte para desenvolver habilidades sociais e de comunicação. Como resultado, hoje, ele é capaz de trabalhar, manter amizades e participar ativamente da comunidade.
É importante notar que o TEA é um espectro, e cada pessoa com essa condição é única. Algumas podem precisar de pouco ou nenhum apoio, enquanto outras podem requerer assistência significativa em suas atividades diárias.
O diagnóstico e a compreensão do TEA têm evoluído ao longo dos anos, e a abordagem para lidar com a condição enfatiza a importância de intervenções educacionais e comportamentais personalizadas, apoio à família e aceitação social.
Imagine aqui uma criança que tem dificuldade em conversar com seus amigos sobre diversos tópicos. Quando seus amigos tentam iniciar conversas, a criança insiste em falar exclusivamente sobre dinossauros, o que leva as crianças a considerá-la chata e, muitas vezes, excluí-la do grupo social.
Essa falta de habilidades sociais não significa que essas crianças não tenham interesse em interagir, mas sim que não sabem como desenvolver essas habilidades para manter conexões com os outros. Muitas vezes, elas convidam amigos para brincar em suas casas, mas essas interações costumam ser breves, com as crianças com TEA voltando rapidamente às suas atividades isoladas.
Entenda que os seres humanos são, por natureza, seres sociais, vivendo em grupos e mantendo relacionamentos com diversas pessoas ao longo de suas vidas. Através dessas interações sociais, aprendemos as regras da sociedade e desenvolvemos as habilidades necessárias para nos comunicarmos, aprendermos e crescermos adequadamente.
Para uma interação efetiva com os outros, é essencial possuir habilidades sociais que incluam a capacidade de compartilhar espaços de maneira apropriada, adaptar-se a diferentes contextos e compreender os pensamentos e desejos das pessoas ao nosso redor.
Essas habilidades são fundamentais não apenas para a interação social, mas também para comportarmo-nos adequadamente em diversos ambientes, como a sala de aula ou o local de trabalho. No entanto, crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) enfrentam desafios na área da socialização, que podem variar em gravidade.
Alguns exemplos comuns são:
Crianças com Dificuldades Graves: Esse grupo normalmente apresenta problemas mais graves de socialização. Aqui, as crianças ou adolescentes tendem a passar a maior parte do tempo isoladas, frequentemente envolvidas em comportamentos repetitivos, como balançar-se ou vocalizar de maneira estereotipada por longos períodos.
Crianças Descritas como Quietas ou Estranhas: Outro grupo de crianças ou adolescentes com TEA é muitas vezes descrito como quieto, estranho, esquisito ou até mesmo “nerds”. Essas crianças conseguem transitar entre outras pessoas, mas enfrentam dificuldades em estabelecer interações sociais significativas e não conseguem desenvolver relacionamentos próximos. Imagine aqui um garoto que convidou dois colegas para passar o dia em sua casa. Inicialmente, eles começaram a brincar juntos no videogame, mas, de repente, o garoto se retira e isola-se em seu quarto, envolvendo-se em uma atividade solitária de enfileirar carrinhos, deixando seus amigos sozinhos.
Dificuldades em Interpretar Sinais Sociais: Incapacidade de entender sinais sociais, como expressões faciais e verbais. Exemplo: Quando Maria não consegue parar de falar sobre dinossauros, seus amigos expressam sinais de tédio, como revirar os olhos, mas Maria não consegue captar esses sinais e continua com seu tópico de interesse.
Dificuldades em Interpretar Intenções: Dificuldade em entender as intenções dos outros, o que pode levar a mal-entendidos em situações importantes. Exemplo: João não consegue estabelecer contato visual direto ou manter o olhar, dificultando a interpretação de situações sociais.
Além disso, crianças com TEA podem apresentar outras características, como preferência por objetos e animais em vez de pessoas, uso de pessoas como ferramentas para atingir seus objetivos, risos inadequados ou fora de contexto.
Essas dificuldades nas áreas de socialização e comunicação são características comuns do TEA e podem afetar significativamente a vida das crianças com essa condição.
A linguagem é fundamental para as relações sociais, aprendizado e compreensão de expressões faciais.
A comunicação não verbal é uma das habilidades que os seres humanos desenvolvem antes mesmo de adquirir a linguagem verbal. No entanto, crianças com TEA frequentemente apresentam dificuldades tanto na comunicação verbal quanto na não verbal. Eles podem ter dificuldade em compreender expressões emocionais, gestos, símbolos e metáforas.
Em alguns casos, crianças com TEA podem demonstrar um desenvolvimento excepcional na linguagem falada. Por outro lado, há situações em que os pais notam que outras crianças já começaram a falar com um ano de idade, enquanto seus filhos com TEA ainda não demonstraram esse desenvolvimento. Às vezes, essas crianças parecem não ouvir quando são chamadas.
Uma característica comum em crianças com TEA é a ecolalia, onde elas repetem palavras ou frases sem a intenção de se comunicar. Isso pode incluir a repetição de diálogos de filmes ou ecoar palavras ditas por professores, colegas ou pais.
Exemplo de Ecolalia Imediata: Professora: “Vamos começar a aula agora, crianças.” Criança com TEA: “Vamos começar a aula agora, crianças.”
Exemplo de Ecolalia Tardia: Criança com TEA assistiu a um desenho animado em que um personagem dizia repetidamente “Olá, mundo!” Na próxima semana, quando viu seu avô, repetiu várias vezes: “Olá, mundo!”
Exemplo de Ecolalia com Diálogo de Filme: Criança com TEA assistiu a um filme em que um personagem dizia “Você está louco!” repetidamente. Mais tarde, durante o jantar em família, quando seu pai derrubou acidentalmente um copo, a criança exclamou: “Você está louco!”
Exemplo de Ecolalia com Instruções Escolares: Professor: “Por favor, abram seus livros na página 25.” Criança com TEA: “Abra seus livros na página 25.”
Exemplo de Ecolalia com Diálogo de Desenho Animado: Criança com TEA assistiu a um desenho animado em que um personagem dizia “Eu estou com fome!” de maneira repetitiva. Durante o almoço, a criança começou a repetir: “Eu estou com fome!” várias vezes, mesmo depois de ter sido alimentada.
Outro aspecto observado em crianças com TEA é a tendência a falar na terceira pessoa. Por exemplo, a criança pode dizer: “Mãe, dá brinquedo para Leonardo?” enquanto se refere a si mesma na terceira pessoa.
Muitas vezes, crianças com TEA têm um discurso monótono, sem variação de tom ou volume, dificuldade em enfatizar perguntas ou partes importantes de uma frase, e podem ter dificuldade em expressar emoções através da fala, mesmo quando discute eventos emocionais, como uma festa de aniversário ou uma viagem ao parque temático.
Como mencionado, elas tendem a falar apenas sobre seus interesses específicos (como trens ou dinossauros), resultando em uma comunicação monotemática.
Essas crianças também podem demonstrar pouca curiosidade social, não iniciando conversas sobre seus próprios dias nem perguntando sobre os outros. Pense aqui num jantar de família, onde a criança com TEA não faz perguntas sobre como os membros da família estão ou o que fizeram durante o dia. Ela simplesmente não demonstra interesse nas experiências ou nas vidas dos outros.
Além disso, crianças com TEA podem ter dificuldade em entender ironias, metáforas e responder de forma monossilábica a perguntas diretas. Então, por exemplo, quando a professora disse: “Poxa, Leonardo, você fala pelos cotovelos, hein?”, o aluno pode ficar confuso e não perceber que a professora estava fazendo um comentário humorístico.
Então, resumindo esse tópico, crianças com TEA podem ter dificuldades de comunicação por conta da ecolalia (repetição de palavras ou frases sem a intenção de se comunicar), falar em terceira pessoa se referindo a si mesmo, discurso monótono, pouca curiosidade social e dificuldade em entender ironias.
A variedade de comportamentos observada em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) pode ser atribuída a uma combinação de fatores genéticos, neurológicos, ambientais e individuais.
O TEA é uma condição heterogênea, o que significa que engloba uma ampla gama de características e sintomas. Cada criança com TEA é única, e os sintomas variam em termos de gravidade e perfil individual, resultando em diferentes manifestações de comportamento.
Aqui estão alguns exemplos de problemas de comportamento comuns em crianças com TEA:
Comportamentos Motores Estereotipados: Exemplo: A criança pode repetidamente balançar as mãos, balançar o corpo para frente e para trás, torcer os dedos ou realizar outros movimentos repetitivos. Esses comportamentos podem ocorrer quando a criança está ansiosa, entediada ou superestimulada.
Rituais e Rotinas Rígidas: Exemplo: A criança pode insistir em seguir rotinas fixas e ficar angustiada se essas rotinas forem interrompidas. Ela pode exigir que todas as atividades sejam realizadas na mesma ordem todos os dias.
Interesses Restritos: Exemplo: A criança pode se fixar intensamente em um tópico específico, como trens, números, ou desenhos animados, e pode se recusar a se envolver em atividades que não estejam relacionadas ao seu interesse principal.
Aderência Rígida a Regras: Exemplo: A criança pode insistir em que todas as regras sejam seguidas à risca e pode ter dificuldade em lidar com mudanças ou imprevistos. Isso pode levar a crises quando as coisas não acontecem conforme o esperado.
Comportamentos de Autoestimulação: Exemplo: A criança pode buscar estimulação sensorial, como bater palmas repetidamente, olhar para luzes piscantes ou alinhar objetos em uma ordem específica, como forma de autorregulação.
Comportamentos de Agressão ou Autoagressão: Exemplo: Alguns indivíduos com TEA podem exibir comportamentos agressivos, como morder, bater ou chutar os outros quando estão frustrados, sobrecarregados ou incapazes de se comunicar de outra forma. Também podem se envolver em autoagressão, como bater na própria cabeça.
Resistência à Mudança: Exemplo: A criança pode resistir a mudanças em sua rotina, ambiente ou atividades. Por exemplo, ao invés de ir para escola, ir ao parque ou a um consultório médico. Qualquer desvio do esperado pode causar ansiedade e desconforto.
Comunicação Desafiadora: Exemplo: Quando a criança tem dificuldades em se comunicar de maneira eficaz, pode recorrer a comportamentos desafiadores, como gritar, chorar ou jogar objetos, como forma de expressar suas necessidades ou frustrações.
E por que isso acontece?
As alterações no desenvolvimento cerebral são uma característica do TEA e podem influenciar o processamento sensorial, a comunicação, a regulação emocional e o comportamento. Essas diferenças na estrutura e funcionamento do cérebro contribuem para a diversidade de comportamentos.
O ambiente em que a criança vive e frequenta, como a escola, também é um ponto-chave. Ambientes estruturados, apoio educacional individualizado e compreensão por parte dos pais e professores podem contribuir para um comportamento mais positivo. E por falar nos profissionais de educação, vamos falar mais sobre eles.
Profissionais da educação desempenham um papel crucial na identificação precoce de possíveis sinais de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em crianças e adolescentes.
Separei, aqui, os 10 principais sinais que ajudarão na detecção precoce:
Dificuldades em fazer contato visual com colegas e professores: O aluno evita fazer contato visual direto com o professor durante a aula. Ele raramente olha nos olhos dos colegas durante uma conversa.
Dificuldades em compreender e seguir instruções verbais: Quando o professor dá uma série de instruções verbais, o aluno parece confuso e só segue parte delas. O adolescente tem dificuldade em entender o que é pedido em um exercício verbalmente apresentado.
Comportamentos repetitivos, como balançar as mãos, girar objetos ou agitar-se: Durante a aula, o aluno balança a perna constantemente de forma rítmica. Ele costuma girar uma caneta ou lápis enquanto ouve o professor.
Dificuldades em iniciar ou manter conversas com os colegas: O adolescente tem dificuldade em iniciar conversas informais com os colegas no intervalo. Ele pode responder a perguntas, mas não inicia diálogos espontaneamente.
Dificuldades em compartilhar interesses ou brinquedos com os outros: Na hora do recreio, o aluno prefere brincar sozinho e não se envolve nas atividades em grupo. Ele não demonstra interesse em jogos ou brincadeiras populares entre os colegas.
Falta de resposta ao próprio nome ou a chamados verbais: O professor precisa chamar o aluno várias vezes antes de conseguir sua atenção. O adolescente não reage quando seu nome é chamado no corredor da escola.
Comportamentos estereotipados, como bater palmas repetidamente: Durante as aulas, o aluno frequentemente bate palmas de forma repetitiva, sem motivo aparente. Ele pode balançar a cabeça para frente e para trás em momentos de ansiedade.
Expressão limitada de emoções faciais ou corporais: O adolescente raramente sorri, mesmo em situações de alegria. Ele não demonstra expressões faciais de surpresa, tristeza ou raiva com a mesma intensidade que seus colegas.
Preferência por brincar sozinho em vez de interagir com os colegas: Durante as atividades de grupo na aula de educação física, o aluno muitas vezes se afasta e brinca sozinho no canto do ginásio. Ele evita participar de jogos em equipe e interagir com os colegas.
Resistência a mudanças na rotina ou a transições entre atividades: O aluno fica ansioso e reage negativamente quando há uma mudança inesperada na programação da escola. Ele precisa de um aviso prévio e uma rotina estruturada para se sentir confortável.
Redução da Sensory Overload: O aluno com TEA é autorizado a usar fones de ouvido com cancelamento de ruído durante atividades ruidosas, ajudando a reduzir a estimulação sensorial excessiva.
Colaboração na Sala de Aula: Um aluno com TEA é designado para liderar uma atividade em grupo, como organizar os materiais ou distribuir folhas. O professor elogia o aluno quando ele conclui a tarefa com sucesso, reforçando a importância da colaboração.
Comunicação Efetiva: Um aluno com TEA usa um dispositivo de comunicação para solicitar uma pausa durante uma aula. O professor responde prontamente à solicitação, permitindo que o aluno faça uma pausa breve e, em seguida, retorna à atividade. Isso pode ser especialmente útil durante uma aula de matemática, que acaba sobrecarregando mentalmente alunos com TEA.
Seguir Rotinas: O professor exibe um quadro de horários visual na sala de aula, mostrando a sequência das aulas e atividades. Antes de uma transição, o professor aponta para o próximo item no quadro, preparando o aluno com TEA para a mudança.
Aceitação de Mudanças: Antes de uma visita inesperada de um palestrante na escola, por exemplo, o professor cria uma história social ou desenho visual que explica a situação ao aluno com TEA. Isso ajuda o aluno a se preparar para a mudança e reduzir a ansiedade.
Relacionamentos Positivos: O professor emparelha um aluno com TEA com um colega que compartilha um interesse comum, como jogos de quebra-cabeça. Eles colaboram na atividade, e o professor elogia a interação positiva entre os dois alunos.
Comportamento Agitado: Durante uma atividade agitada em sala de aula, o aluno com TEA começa a ficar agitado e a gritar. O professor oferece ao aluno uma bola de estresse ou uma pausa na sala de descanso sensorial para ajudá-lo a se acalmar.
Recusa de Transições: Antes de uma transição para a hora do almoço, o professor mostra um cartão visual com um ícone de almoço e dá um aviso de 5 minutos. Após a transição, o aluno é elogiado por fazer a mudança de forma suave.
Comunicação Desafiadora: Quando o aluno com TEA fica frustrado e começa a bater as mãos, o professor ensina uma alternativa de comunicação, como apontar para um cartão que representa “estou frustrado” ou “preciso de ajuda”.
Isolamento Social: Durante o recreio, o professor organiza jogos de grupo que incentivam a interação entre os alunos. O aluno com TEA é apoiado por um colega ou um monitor da escola para facilitar a interação.
Dificuldades com Instruções: O professor quebra uma tarefa complexa em etapas menores e fornece instruções claras com apoios visuais. Após a conclusão de cada etapa, o aluno é elogiado e recebe um pequeno incentivo, como um adesivo ou um elogio verbal.
Participação em Grupo: Um aluno com TEA é incentivado a se juntar a um grupo de colegas durante uma atividade de laboratório e é elogiado por contribuir com ideias e interagir de forma produtiva.
Comunicando Preferências: O aluno usa um sistema de comunicação para expressar suas preferências alimentares no almoço, permitindo que ele faça escolhas, ganhando autonomia.
Transições Suaves: O professor utiliza um timer visual para ajudar o aluno a entender quando uma atividade está prestes a terminar e a próxima começará, preparando-o gradualmente.
Flexibilidade na Programação: Se um evento inesperado requer a mudança na ordem das atividades, o professor utiliza um cartão visual de “mudança de planos” para preparar o aluno com TEA para a transição.
Interação em Pares: O professor emparelha o aluno com TEA com um colega durante a leitura do livro ou apostilar escolas em duplas, instruindo ambos sobre como trabalhar juntos de maneira eficaz.
Alternativas para Morder: Se o aluno morde quando está ansioso, o professor fornece um mordedor ou brinquedo sensorial para redirecionar esse comportamento de forma segura.
Incentivo à Interação Social: Durante a aula de educação física, o professor organiza jogos em equipe, encorajando o aluno com TEA a se envolver em interações sociais positivas.
Crianças e Adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) frequentemente exibem uma variedade de comportamentos inadequados, sendo as estereotipias comportamentais, como o flapping (balançar os mãos), bater os pés no chão ou em algum objeto próximo, comportamentos agressivos (ou até autoagressivos) e cruzar e descruzar as pernas várias vezes são exemplos comuns.
Esses comportamentos podem surgir como formas de lidar com demandas excessivas ou aversivas do ambiente, ou como respostas a ambientes que carecem de estimulação, como ambientes entediantes.
Compreender o que é um comportamento de fuga é fundamental. Esse comportamento é acionado quando a criança busca adiar ou evitar uma atividade específica.
Imagine aqui uma criança pede para brincar com massinha, mas a professora condiciona a entrega da massinha à conclusão de uma tarefa. A criança inicia uma crise, e a professora cede entregando a massinha para evitar o comportamento de birra.
Quando a professora faz uma solicitação à criança, ela reage com gritos e movimentos bruscos. A professora oferece um intervalo das atividades, o que pode levar a criança a repetir esse comportamento como uma maneira de evitar futuras tarefas.
E isso é muito complicado, uma vez que a criança ou adolescente com TEA associa todas essas atitudes, transformando isso em uma espécie de comportamento padrão. “Se eu grito, eu ganho minha massinha. Se eu grito e faço movimentos bruscos, eu não preciso fazer uma atividade que não gosto”.
Perceba como esse tipo de associação é perigoso para o processo de ensino e aprendizagem do aluno com TEA.
Para isso, existem estratégias de reforçamento que podem ser aplicadas para lidar com comportamentos inadequados.
Separei aqui os 4 principais.
DRL (Reforçamento diferencial de resposta limitado): Essa abordagem permite que o comportamento inadequado seja tolerado, desde que ocorra com menos frequência do que atualmente. Exemplo: Mateus é uma criança que grita muito na sala de aula, e a professora não está conseguindo diminuir ou extinguir esse comportamento. Em todas as aulas, Mateus grita pelo menos dez vezes. A professora queria que esse comportamento não ocorresse, mas ela não quis impor a Mateus um nível de exigência exagerado; então ela estipulou e avisou Mateus que ele poderia brincar com seu brinquedo preferido se, naquele período de aula (50 minutos), ele emitisse três, dois, um ou zero comportamentos de gritar (lembre-se que as “regras” devem ser claras ao aluno com TEA).
DRO (Reforçamento diferencial de resposta zero): Nesse caso, o foco é identificar um comportamento inadequado específico e reforçar a criança quando esse comportamento não ocorrer por um período determinado. Exemplo: Leonardo, aluno com TEA, se levanta muito na sala de aula. Sua professora estipulou que, se ele ficar sentado por dez minutos, ele vai ser elogiado e terá o direito de brincar de pintar a figura, o que ele adora. Depois de um tempo, quando Leonardo conseguir ficar sentado por pelo menos 10 minutos, aumenta-se o tempo para 20 minutos sentado na cadeira, e assim por diante. A professora vai “dosando” e criando um ambiente de segurança com o aluno. Ela pode colocar algumas regras, como se a criança se levantar antes dos 10 minutos, a contagem começa de novo.
DRI (Reforçamento diferencial de resposta incompatível): Essa estratégia envolve reforçar um comportamento incompatível com o comportamento inadequado que se deseja eliminar. Por exemplo, para reduzir o hábito de uma criança de caminhar pela sala de aula, ela pode ser recompensada quando estiver sentada, já que estar sentada e em pé simultaneamente é impossível.
DRA (Reforçamento diferencial de resposta alternativo): Nessa abordagem, o foco é substituir o comportamento inadequado por um comportamento apropriado que já esteja ocorrendo. Por exemplo, uma criança que belisca os coleguinhas pode ser incentivada a usar massinha de modelar para dar “beliscões”, por ser uma atividade apropriada para a manipulação, como alternativa.
É importante lembrar que o reforço deve ser direcionado ao comportamento desejado, e não ao comportamento inadequado. Concentrar-se no comportamento adequado é fundamental para promover a mudança comportamental positiva.
O manejo comportamental em sala de aula de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) requer estratégias específicas baseadas na análise do comportamento. Abaixo, apresentamos orientações importantes:
Instruções Claras e Simples: É essencial fornecer instruções claras, diretas e simples para cada tarefa. Crianças com TEA podem ter dificuldade em processar instruções complexas. Dividir instruções complexas em etapas simples facilita a compreensão e execução. Exemplo: Em vez de dizer “Abra o caderno, copie o que está na lousa, leia o enunciado e resolva as questões”, divida as instruções em etapas separadas: peça para que abra o caderno. Depois que o aluno abrir o caderno, peça para que copie o que está na lousa. Depois que ele copiar, peça para que leia o enunciado. Depois que ler, peça finalmente que resolva as questões.
Uso de Estímulos Visuais: Utilize cartazes e imagens visuais para estabelecer rotinas e fornecer instruções. Isso ajuda as crianças com TEA a compreenderem melhor as tarefas e comportamentos esperados. Desenvolva, por exemplo, um cartaz com a rotina diária da sala de aula, destacando as atividades em ordem cronológica. Use imagens ou símbolos que representem as atividades, como aula de matemática, lanche, educação física, etc. Isso proporciona previsibilidade e ajuda os alunos com TEA a se ajustarem às mudanças de atividade. Você também pode usar recursos visuais para apoiar a compreensão de conceitos, como gráficos, diagramas e mapas mentais. Avalie qual estímulo visual é mais bem aceito para o aluno com TEA, levando em consideração os fatores ‘preferência e aprendizagem’.
Ensino de Obediência a Regras: É importante ensinar às crianças com TEA a importância de seguir regras. Não assuma que elas não precisam seguir as mesmas regras que as outras crianças. O treinamento para o cumprimento de regras é fundamental. Exemplo: Estabeleça expectativas claras para o comportamento em sala de aula e reforce o cumprimento das regras. Aqui, as regras podem ser prestar atenção quando o professor está falando ou quando outro aluno está compartilhando; evitar tocar nos colegas ou em objetos de forma inadequada durante as atividades; colaborar na organização da sala de aula, arrumando materiais e mantendo o ambiente limpo, etc.
Ensino de Comportamentos de Solicitação: Muitas crianças com TEA têm dificuldade em solicitar ajuda de forma apropriada. É crucial ensiná-las a comunicar suas necessidades de maneira adequada, seja verbalmente ou não verbalmente. Aqui, incentive as crianças a pedirem ajuda ou materiais em vez de pegá-los sem permissão.
Desenvolvimento da Autonomia e Independência: Estimule o desenvolvimento da autonomia e independência, incentivando as crianças a realizarem tarefas por conta própria sempre que possível. Exemplo: Incentive uma criança a realizar tarefas como se vestir, alimentar-se e organizar seus materiais escolares de forma independente.
Controle de Estímulos Antecedentes e Consequentes: Entenda e gerencie eventos que ocorrem antes e depois dos comportamentos. Isso pode facilitar a emissão de comportamentos adequados e fornecer recompensas positivas após um bom desempenho. Por exemplo, um aluno com TEA frequentemente tem explosões de raiva quando enfrenta situações de frustração, como quando o professor não explica as regras de uma atividade para ele de forma clara. Então, ao iniciar uma atividade em grupo, o professor explica ao aluno com TEA as regras e interage de maneira apropriada, elogiando o bom comportamento dele até o momento e antecipando-se a comportamentos inadequados, como a explosão de raiva. Após a atividade, o professor novamente elogia o comportamento do aluno e concede a ele uma ficha ou adesivo como recompensa. O elogio e a recompensa servem como estímulos consequentes positivos, reforçando o comportamento adequado do aluno e incentivando-o a repetir esse comportamento no futuro.
Avaliação da Funcionalidade do Comportamento: Sempre que um comportamento inadequado ocorrer, analise sua função. O que ocorreu antes e depois desse comportamento? Isso ajudará a entender por que o comportamento está acontecendo. Por exemplo, durante uma atividade de grupo, um aluno com TEA começou a bater na mesa e a gritar. Ao verificar a causa, percebe-se que aluno estava experimentando sensibilidade sensorial à luz fluorescente piscando acima da mesa e ao barulho alto da sala. A consequência: os colegas ficaram assustados e o professor interrompeu a atividade para acalmar o aluno, reduzindo as luzes e o barulho. Anotado o aprendizado, das próximas vezes, o professor saberá que tanto a luz quanto o barulho influenciam fortemente no comportamento desse aluno com TEA.
Reforçamento Positivo: Utilize reforços positivos, como elogios e recompensas, para incentivar e fortalecer comportamentos adequados. Algumas ideias bacanas são: Adesivos ou selos para um livro de realizações; tempo extra para brincar em um local preferido; escolher uma atividade especial, como desenhar ou ouvir uma história; pequenos brinquedos ou objetos sensoriais; um cartão de elogio escrito pelo professor; a oportunidade de liderar uma parte da aula; um certificado de reconhecimento por seu bom comportamento; um “passe de elogio” que permite escolher uma atividade especial na sala de aula, etc.
Fornecimento de Feedback: Quando ocorrerem comportamentos inadequados, forneça feedback claro sobre o que é aceitável e o que não é. Foque no comportamento adequado. Em vez de dizer “Não faça isso!”, explique o comportamento desejado. Por exemplo, se o aluno com TEA está falando exageradamente alto, você pode dizer: “Lembre-se de usar um tom de voz calmo e tranquilo quando estiver na sala de aula”. Se há, por exemplo, interrupções constantes, você pode dizer: “É importante esperar sua vez de falar. Quando você tiver algo para compartilhar, levante a mão e eu vou te ouvir, combinado?!”.
Currículos Adaptados: Alunos com TEA e deficiência intelectual podem se beneficiar de currículos adaptados que levem em consideração suas metas escolares. Esses currículos devem incluir dicas textuais, auditivas e gestuais para facilitar o aprendizado. Quanto ao suporte auditivo, algumas ideias são o uso de tecnologia assistiva, como gravadores de áudio, para registrar instruções ou aulas, permitindo que o aluno as ouça novamente, conforme necessário, e o uso de histórias sociais em áudio para ensinar habilidades sociais e comportamentos apropriados. Para estratégias multissensoriais, sugere-se a criação de atividades que envolvam mais de um sentido, como ouvir uma história enquanto tocam em objetos relacionados.
Lembrando que cada criança é única, e as estratégias de manejo podem variar de acordo com as necessidades individuais. A compreensão das características do TEA e o uso de abordagens comportamentais são fundamentais para promover um ambiente de aprendizado inclusivo e eficaz.
Lembre-se sempre:
“A diversidade em nossa sala de aula nos enriquece e nos desafia a sermos melhores educadores.”
Esperamos que tenha gostado desse curso online profissionalizante de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) na Educação.
Agora você pode solicitar os seus certificados de conclusão no botão abaixo no rodapé. Desejamos a você muito sucesso! Até o próximo curso 🙂
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