Técnicas para Falar em Público

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  2. Habilidades Essenciais para Falar em Público (20 horas)
  3. Adaptando a Mensagem ao Público (20 horas)
  4. Técnicas de Domínio de Ambiente em Apresentações (20 horas)
  5. Técnicas de Empatia em Apresentações (20 horas)
  6. Técnicas de Linguagem Corporal em Apresentações (20 horas)
  7. Técnicas de Controle de Voz e Entonação em Apresentações (20 horas)
  8. Técnicas de Contos e Histórias Impactantes (20 horas)
  9. Técnicas de Construção de Relacionamento com a Plateia (20 horas)
  10. Anatomia do Discurso: O que o torna Inspirador (20 horas)

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A origem da oratória está profundamente ligada à civilização grega, que floresceu por volta do século V a.C. Naquela época, as cidades-estados gregas, como Atenas, valorizavam muito o debate público.

As assembleias populares, os tribunais e os encontros filosóficos eram comuns e, nessas ocasiões, as pessoas precisavam convencer os outros por meio da palavra. Perceba que, sem uma boa oratória, era praticamente impossível ter influência ou sucesso nessas arenas.

Os gregos foram pioneiros em sistematizar a oratória. Eles perceberam que não bastava apenas falar bem; era necessário ter técnicas para persuadir e emocionar a audiência. É aqui que entra em cena uma figura importante: Corax de Siracusa, um dos primeiros a criar um conjunto de regras para a arte de falar bem. Ele viveu por volta do século V a.C. e é frequentemente considerado o pai da retórica.

Corax desenvolveu princípios para estruturar um discurso de forma lógica, o que foi revolucionário para a época. Imagina só! Antes disso, falar em público era algo mais instintivo; Corax deu um método a essa prática.

Outro nome que merece destaque é Górgias de Leontini, que também viveu no século V a.C. Górgias era um sofista, um mestre da retórica que via a oratória como uma ferramenta poderosa para moldar a percepção da realidade. Ele defendia que a palavra poderia mudar a verdade, ou seja, a maneira como as pessoas viam o mundo. Essa visão da oratória como um meio de manipular a realidade tornou-se um tema importante para muitos filósofos gregos, como Sócrates e Platão.

E, falando em Sócrates e Platão, não podemos esquecer a crítica que eles faziam à oratória. Sócrates, por exemplo, tinha uma visão bem cética sobre os sofistas e o uso da retórica. Ele acreditava que a oratória poderia ser usada para enganar as pessoas, ao invés de buscar a verdade. Já Platão, que foi discípulo de Sócrates, desenvolveu essa crítica em seus diálogos, especialmente no “Górgias”.

Para Platão, a verdadeira oratória deveria ser usada para o bem, para guiar a alma em direção à verdade. Platão estava, portanto, preocupado com o uso ético da oratória, um tema que continua relevante até hoje, não é verdade?

Agora, vamos falar de Aristóteles, o filósofo que talvez tenha dado a maior contribuição para a oratória. Ele foi aluno de Platão, mas tinha uma visão mais prática da retórica. Aristóteles escreveu um tratado chamado “Retórica”, onde ele definiu a oratória como a arte de “descobrir todos os meios de persuasão que temos à nossa disposição”. Ele classificou os tipos de discursos em três categorias principais: o deliberativo, o judicial e o epidíctico.

O deliberativo tinha a ver com persuadir sobre decisões futuras; o judicial, com julgar ações passadas; e o epidíctico, com elogiar ou criticar alguém ou algo. Essas categorias ainda são usadas até hoje em várias formas de discurso.

 

Quais são os 3 Pilares da Persuasão em Discursos?

Aristóteles também desenvolveu o conceito dos três pilares da persuasão: ethos, pathos e logos.

O ethos diz respeito à credibilidade do orador; o pathos, à capacidade de apelar às emoções do público; e o logos, à lógica e aos argumentos racionais do discurso. Esses pilares são como os alicerces de um bom discurso. Se você pensar bem, qualquer discurso persuasivo que você já tenha ouvido provavelmente se baseou nesses três elementos.

E essa tradição da oratória grega foi passada para os romanos, que também deram uma grande importância à arte de falar em público. Na Roma Antiga, a oratória era essencial para quem queria ter sucesso na política.

Um dos maiores oradores romanos foi Cícero, que viveu no século I a.C. Ele escreveu várias obras sobre oratória e retórica, como “De Oratore”, onde discutia as qualidades que um bom orador deveria ter. Cícero acreditava que a oratória era não apenas uma habilidade técnica, mas também uma expressão do caráter e da moralidade do orador. Não é interessante como a ética continuava a ser uma preocupação central?

Além de Cícero, outro romano importante na história da oratória foi Quintiliano, que viveu no século I d.C. Quintiliano foi um educador e escreveu “Instituições Oratórias”, uma obra que se tornou um manual clássico para o ensino da retórica. Ele defendia que a oratória deveria ser ensinada desde a infância, como parte fundamental da formação de um cidadão.

Com a queda do Império Romano e a ascensão do cristianismo, a oratória começou a ser usada de maneira diferente. Ela passou a ser uma ferramenta importante para a pregação e a disseminação dos ensinamentos cristãos. Agostinho de Hipona, por exemplo, foi um dos primeiros a adaptar as técnicas da retórica clássica para a pregação cristã. Ele acreditava que a oratória poderia ser usada para converter as almas e guiar as pessoas no caminho da fé. A Igreja, ao longo dos séculos, se tornou um grande centro de aprendizado da oratória, especialmente através dos sermões.

E essa tradição da oratória não parou por aí. Durante a Idade Média e o Renascimento, a oratória continuou a ser uma parte importante da educação dos líderes e intelectuais. No Renascimento, houve uma redescoberta dos textos clássicos de Aristóteles, Cícero e Quintiliano, e a retórica voltou a ocupar um lugar central nas universidades.

Já no período moderno, a oratória evoluiu para se adaptar a novas formas de comunicação, como o rádio, a televisão e, mais recentemente, a internet. As técnicas clássicas ainda são usadas, mas foram adaptadas para o mundo digital, onde a comunicação é muitas vezes rápida e fragmentada. Hoje, a oratória é essencial não apenas para políticos, mas também para empresários, educadores, ativistas e qualquer pessoa que precise persuadir ou inspirar os outros.

Então, para resumir, a oratória começou na Grécia Antiga, foi refinada pelos romanos, adaptada pela Igreja, redescoberta no Renascimento e continua evoluindo até hoje. É uma arte que, desde os seus primórdios, tem o poder de moldar opiniões, inspirar ações e, em última análise, mudar o mundo. Afinal, como vimos, as palavras têm um poder incrível, não é verdade?

Falar bem em público é uma habilidade que muita gente deseja dominar, mas que, ao mesmo tempo, pode parecer um bicho de sete cabeças. No entanto, com algumas técnicas específicas e um pouco de prática, qualquer pessoa pode melhorar sua capacidade de comunicação e se tornar um orador mais confiante e eficaz.

Vamos explorar as principais técnicas que podem ajudar você a brilhar quando estiver diante de uma plateia. Bora lá!

 

Técnica 1. Domine o seu Conteúdo!

Primeira coisa, e talvez a mais básica de todas: você precisa conhecer o que vai falar.

Parece óbvio, mas não dá para subestimar a importância de se preparar. Quando você conhece o conteúdo de trás para frente, fica muito mais fácil falar com naturalidade e confiança.

Isso não quer dizer que você precise decorar o discurso palavra por palavra; na verdade, decorar pode até ser contraproducente. Em vez disso, foque em entender profundamente o tema, para que você possa falar de maneira fluida e responder a perguntas ou lidar com imprevistos sem entrar em pânico.

Já imaginou como seria terrível ser pego de surpresa sem saber o que dizer?

Steve Jobs, o cofundador da Apple, era conhecido por suas apresentações icônicas. Aqui, separei a minha predileta: “Como viver antes de morrer”, 2005:

Neste discurso de formatura, o CEO e cofundador da Apple Inc. compartilhou uma das chaves para seu sucesso: o amor

Seu amor pelo trabalho que fazia o mantinha animado para ir trabalhar todos os dias e trabalhar em direção a novos objetivos. 

“Seu trabalho vai preencher uma grande parte de sua vida, e a única maneira de estar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se acomode. Tal como acontece com todos os assuntos do coração, você saberá quando o encontrar.”

Ele sempre tinha um domínio absoluto sobre o conteúdo que apresentava, seja ao falar com universitários ou ao lançar um novo produto, como o iPhone.

Jobs não apenas conhecia os detalhes técnicos de cada produto, mas também entendia profundamente o impacto que eles teriam no mercado e na vida das pessoas. Ele conseguia comunicar esses pontos de forma simples e clara, o que deixava a audiência confiante de que ele sabia exatamente do que estava falando.

Sua preparação era tão minuciosa que, mesmo em situações inesperadas, como quando o software do iPhone falhou durante uma demonstração, ele manteve a calma e seguiu adiante sem perder o foco.

 

Técnica 2. Estruture e Organize suas Ideias!

Ter o conhecimento não é suficiente; você precisa saber como organizá-lo.

A estrutura do discurso é fundamental para manter a atenção do público e garantir que sua mensagem seja compreendida.

Lembra da redação do Enem? Não?! Vou tentar refrescar sua memória. Como em qualquer redação, o ideal é dividir o texto em três partes principais: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Na introdução, você deve capturar a atenção do público e apresentar o tema. No desenvolvimento, é onde você vai aprofundar o assunto, apresentando argumentos, exemplos e evidências. Por fim, na conclusão, é hora de amarrar tudo, reforçar os pontos principais e deixar uma mensagem final impactante.

Perceba como cada parte tem seu papel, e uma depende da outra para o sucesso completo do discurso.

Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, é um exemplo brilhante de alguém que sabe organizar suas ideias em um discurso.

Pessoalmente, uma frase que gosto bastante dele é:

A mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou outros tempos. Nós somos aqueles por quem estávamos esperando. Nós somos a mudança que procuramos.

Ele sempre estruturava suas falas de maneira lógica e coesa, começando com uma introdução que capturava a atenção, desenvolvendo os argumentos de forma clara e culminando em uma conclusão poderosa.

No seu discurso de posse em 2009, por exemplo, ele usou a introdução para se conectar com o público, lembrando os desafios que os Estados Unidos enfrentavam. Durante o desenvolvimento, ele apresentou suas propostas de mudança e, na conclusão, reforçou a mensagem de esperança e unidade. Cada parte do discurso estava estrategicamente organizada para levar o público por uma jornada emocional e intelectual.

Nem preciso dizer que deu super certo, né?!

 

Técnica 3. Pratique a Empatia com a Audiência!

Colocar-se no lugar da sua audiência é crucial. Pense no que eles já sabem sobre o assunto, no que pode ser novidade e, principalmente, no que eles esperam ouvir.

Uma técnica útil é imaginar as dúvidas que o público pode ter e já incluí-las no seu discurso. Isso faz com que as pessoas se sintam compreendidas e mais conectadas com você.

Além disso, procure falar de maneira que seja acessível ao seu público. Se o tema for técnico, evite jargões complexos ou, se necessário, explique-os de maneira clara. Desenhe, se precisar!

Quando você demonstra que se importa com a compreensão e o envolvimento da audiência, a chance de seu discurso ser bem recebido aumenta consideravelmente, não é verdade?!

Oprah Winfrey, a famosa apresentadora de televisão, é mestre em empatia. Em seu discurso no Globo de Ouro em 2018, quando recebeu o prêmio Cecil B. DeMille, ela mostrou como é importante entender e se conectar com a audiência. Dá uma olhadinha:

Oprah falou diretamente para mulheres que, como ela, enfrentaram adversidades e lutaram por seus direitos. Ela usou exemplos e histórias que ressoaram profundamente com o público, mostrando que compreendia as experiências deles.

Essa empatia fez com que seu discurso fosse não apenas bem recebido, mas também amplamente aclamado como um momento inspirador e transformador.

 

Técnica 4. Use a Linguagem Corporal a seu Favor

Sabe aquela história de que a comunicação não é só o que a gente diz, mas também como a gente diz? Pois é, a linguagem corporal desempenha um papel gigante nisso.

Seus gestos, postura, expressões faciais e até mesmo a forma como você se move pelo palco (ou pelo espaço onde estiver falando) influenciam diretamente como sua mensagem será percebida. Manter uma postura ereta, fazer contato visual com a audiência e usar gestos que complementem suas palavras são práticas que passam confiança e clareza.

Mas cuidado para não exagerar nos gestos ou se mover demais, pois isso pode distrair a audiência. A ideia é que sua linguagem corporal reforce o que você está dizendo, não roube a cena.

Martin Luther King Jr., líder dos direitos civis nos Estados Unidos, utilizava a linguagem corporal de maneira extremamente eficaz.

No seu famoso discurso “Eu Tenho um Sonho”, proferido em 1963, ele usou gestos amplos, uma postura ereta e expressões faciais intensas para reforçar sua mensagem de igualdade e justiça:

King sabia como usar suas mãos para enfatizar pontos importantes, como quando levantou o braço ao dizer “Eu tenho um sonho”.

Esses gestos, combinados com seu tom de voz poderoso e uma postura que exalava confiança e determinação, ajudaram a tornar seu discurso um dos mais memoráveis da história.

 

Técnica 5. Controle a Voz e a Entonação!

A maneira como você usa sua voz é outro elemento chave na oratória. E aqui não estou falando só do volume, mas também da entonação, do ritmo e das pausas.

Variações na entonação ajudam a manter a atenção da audiência, dando ênfase às partes mais importantes do discurso. Um tom monótono pode fazer até o tema mais interessante parecer chato.

Então, quando quiser destacar algo, altere o tom da voz ou faça uma pausa estratégica para criar suspense. E lembre-se, falar rápido demais pode dar a impressão de ansiedade, enquanto falar muito devagar pode ser entediante.

Encontrar o equilíbrio ideal entre ritmo, entonação e pausas é um grande trunfo para qualquer orador.

Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido, era conhecida por seu controle vocal impecável. Ela tinha um tom de voz firme e autoritário, que transmitia confiança e liderança.

Até hoje, Thatcher é referência no pensamento liberal mundial, onde utilizava frases fortes e em primeira pessoa, como:

Deixe-me dizer em que acredito: no direito do homem de trabalhar como quiser, de gastar o que ganha, de ser dono de suas propriedades e de ter o Estado para lhe servir e não como seu dono. Essa é a essência de um país livre, e dessas liberdades dependem todas as outras.

Em seus discursos no Parlamento britânico, Thatcher usava variações na entonação para dar ênfase aos pontos mais importantes, como quando fazia críticas ou apresentava suas propostas. Ela sabia fazer pausas estratégicas para permitir que suas palavras tivessem o impacto desejado.

Esse controle vocal ajudava a solidificar sua imagem como uma líder forte e determinada, capaz de comandar respeito e atenção.

 

Técnica 6. Treine o Improviso!

Por mais que você planeje tudo nos mínimos detalhes, imprevistos podem acontecer. E é aí que entra a importância de estar preparado para o improviso.

Talvez você esqueça uma parte do discurso, ou o equipamento de áudio falhe, ou até mesmo alguém da plateia faça uma pergunta inesperada. Nessas horas, manter a calma e ter a capacidade de improvisar pode salvar o seu discurso.

Uma técnica útil é ter sempre em mente os pontos principais do seu discurso, assim, mesmo que algo saia do roteiro, você consegue retomar o fio da meada sem grandes dificuldades. E, claro, aceitar que errar faz parte. Se algo não sair exatamente como planejado, encare com naturalidade e siga em frente.

Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, é famoso por sua habilidade de improvisar. Durante a convenção nacional do Partido Democrata em 2012, ele fez um discurso que ficou conhecido por não seguir exatamente o script.

Clinton adicionou comentários e histórias pessoais que não estavam no texto preparado, mas que ajudaram a ilustrar seus pontos de maneira mais eficaz e a conectar-se melhor com a audiência. Ele conseguia improvisar sem perder o rumo do discurso, o que demonstrava não só seu domínio sobre o conteúdo, mas também sua capacidade de pensar rapidamente e adaptar sua mensagem ao momento.

 

Técnica 7. Ensaie, Ensaie e Ensaie mais um Pouco!

Você já deve ter ouvido que a prática leva à perfeição, e isso é especialmente verdade quando se trata de oratória.

Ensaiar é uma das melhores formas de ganhar confiança e garantir que o discurso flua bem na hora H. E não estou falando só de ensaiar mentalmente; é importante também ensaiar em voz alta, de preferência em frente a um espelho ou, se possível, gravando para depois assistir e identificar pontos de melhoria.

Se tiver a chance, ensaie na frente de amigos ou colegas, pedindo feedbacks honestos. Quanto mais você praticar, mais confortável se sentirá ao falar em público.

Winston Churchill, o primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial, era conhecido por ensaiar exaustivamente seus discursos. Mesmo os momentos que pareciam mais espontâneos eram resultado de intensa preparação.

O famoso discurso “Nós lutaremos nas praias”, por exemplo, foi meticulosamente preparado e ensaiado, resultando em um dos discursos mais icônicos da história:

“Mesmo que grandes porções da Europa, e muitos países antigos e famosos tenham caído ou venham a cair nas garras da Gestapo e de todo o odioso aparato do governo nazista, nós não vamos titubear ou falhar. Nós iremos até o fim. Nós lutaremos nas praias, nós lutaremos nos campos, nós lutaremos nas colinas, nós nunca nos renderemos.”

Churchill sabia que sua oratória era uma ferramenta vital para inspirar o povo britânico durante os tempos difíceis da guerra. Ele ensaiava o tom de voz, as pausas e até mesmo o ritmo de suas falas para garantir que cada palavra tivesse o efeito desejado.

 

Técnica 8. Construa um Relacionamento com a Plateia!

Desde o momento em que você começa a falar, já está construindo um relacionamento com sua audiência. Por isso, é essencial fazer com que eles se sintam envolvidos e valorizados.

Uma forma de fazer isso é estabelecer um contato visual constante, mostrando que você está ali para eles. Outra técnica é interagir com a plateia, seja fazendo perguntas retóricas, pedindo uma opinião rápida ou até usando um pouco de humor para quebrar o gelo.

Isso não só torna o discurso mais dinâmico, mas também ajuda a criar uma conexão emocional, que é fundamental para que sua mensagem seja lembrada.

Tony Robbins, um dos mais conhecidos coaches motivacionais do mundo, é mestre em construir um relacionamento com sua audiência. Nos seus seminários e palestras, ele não apenas fala para o público; ele interage com eles de maneira direta, intensa e com uma pitada de sarcasmo:

Dizem que sou um cara de sorte. Só sei que quanto mais me esforço mais sorte tenho!

Robbins faz perguntas, pede que as pessoas se levantem, compartilhem experiências e até usa humor para criar uma atmosfera de confiança e conexão.

Essa interação constante faz com que o público se sinta parte ativa do evento, e não apenas ouvintes passivos.

Essa habilidade de criar uma relação próxima com a audiência é uma das razões pelas quais seus eventos são tão poderosos e transformadores.

 

Técnica 9. Domine o Ambiente!

Conhecer o ambiente onde você vai falar é algo que pode fazer toda a diferença.

Se possível, visite o local antes do evento, teste o microfone, veja como é a acústica e imagine como você vai se movimentar pelo espaço.

Isso ajuda a evitar surpresas e a se sentir mais à vontade na hora de falar. Além disso, saber onde estarão as pessoas mais importantes para o seu discurso (como jurados, por exemplo, em um concurso de oratória) pode ajudar a direcionar sua fala de maneira mais estratégica.

Quando você domina o ambiente, consegue se concentrar mais na sua performance e menos em possíveis contratempos.

Nelson Mandela, o líder sul-africano que lutou contra o apartheid, era um mestre em dominar o ambiente onde falava. Após passar 27 anos preso, ele saiu da prisão e proferiu discursos em locais que tinham uma carga simbólica enorme.

Dá uma olhadinha nesse discurso de Mandela na ONU:

Mandela sabia como usar o espaço físico e o momento histórico a seu favor. Em 1994, durante seu discurso de posse como o primeiro presidente negro da África do Sul, ele não só utilizou suas palavras, mas também o ambiente – o edifício da União na Cidade do Cabo, que simbolizava o poder branco – para mostrar ao mundo que uma nova era havia começado.

Ele se posicionava de maneira que sua presença fosse sentida em todo o local, transmitindo uma mensagem de mudança e esperança.

 

Técnica 10. Conclua seus Discursos com Impacto!

A maneira como você termina seu discurso é tão importante quanto a forma como começa.

A conclusão é sua chance de reforçar os pontos principais e deixar uma impressão duradoura.

Então, em vez de simplesmente terminar com um “é isso”, pense em como você pode encerrar com uma mensagem poderosa, uma chamada à ação ou uma reflexão que faça o público sair pensando no que você disse.

Pode ser uma citação inspiradora, uma história pessoal ou até mesmo uma pergunta aberta para a audiência refletir. O importante é que a conclusão seja forte o suficiente para fechar o discurso com chave de ouro.

Malala Yousafzai, a jovem ativista paquistanesa que ganhou o Prêmio Nobel da Paz, sabe como concluir um discurso com impacto. Dá uma olhadinha nesse discurso:

Em seu discurso na ONU em 2013, Malala terminou com uma chamada à ação que ecoou pelo mundo todo: “Vamos pegar nossos livros e nossas canetas. Eles são as armas mais poderosas”.

Essa frase, simples e direta, foi repetida por pessoas ao redor do mundo e tornou-se um símbolo da luta pela educação.

Malala soube como resumir sua mensagem de maneira poderosa, garantindo que suas palavras fossem lembradas muito além daquele momento.

 

Então, para recapitular, falar bem em público envolve conhecer bem o conteúdo; organizar as ideias; praticar a empatia com a audiência; usar a linguagem corporal; controlar a voz e a entonação; estar preparado para o improviso; ensaiar bastante; construir um relacionamento com a plateia; dominar o ambiente; e concluir com impacto.

Cada uma dessas técnicas pode ser desenvolvida com prática e dedicação.

 

O que Torna um Discurso Inspirador?

Grandes discursos inspiradores incluem uma coisa chave, chamada emoções.

As emoções motivam ações e crenças em qualquer aspecto da vida. Discursos inspiradores são muitas vezes carregados de histórias de luta, resiliência, provações, resistência e avanços. Todas as coisas com as quais a maioria das pessoas pode se relacionar.

Aristóteles disse uma vez que as pessoas tendem a acreditar em pessoas que podem ser percebidas como confiáveis ​​ou naquelas que têm valores e moral adequados. Isso significa que os palestrantes que entendem as preocupações de seu público e simpatizam com eles são mais propensos a se conectar com seu público e ganhar sua confiança.

Os palestrantes que selecionam temas emocionais e pontos de discussão com os quais as pessoas podem se relacionar são mais propensos a inspirar os ouvintes com suas histórias.

A chave para isso é fazer com que os outros sintam que não estão sozinhos e que também podem superar os obstáculos em seu caminho porque alguém o fez. A esperança é uma das emoções mais poderosas que desperta a inspiração.

Vamos a alguns exemplos:

 

David Foster Wallace: Isto é Água (2005)

O aclamado escritor defendeu a importância da mente aberta; ele argumenta que manter o mundo fora de nossos próprios cérebros permite a liberdade e felicidade na vida adulta. Ao ouvir as ideias e esperanças de outras pessoas, você pode chegar a uma solução ou conceito que você nunca teria de forma independente. 

“O tipo realmente importante de liberdade envolve atenção, consciência e disciplina e ser capaz de realmente se importar com outras pessoas e se sacrificar por elas repetidamente de inúmeras maneiras mesquinhas e nada sensuais todos os dias. Essa é a verdadeira liberdade. Isso é ser educado e entender como pensar. A alternativa é a inconsciência, a configuração padrão, a corrida dos ratos, a constante sensação de ter tido e perdido alguma coisa infinita.”

 

Resposta de Timo (Rick Gonzales) no filme Coach Carter – Treino para a Vida (2005)

Ao ser questionado sobre seu maior medo, ele diz: 

“Nosso medo mais profundo não é que sejamos inadequados. Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além da medida. É a nossa luz, não a nossa escuridão, que mais nos assusta. Seu jogo pequeno não serve ao mundo. Não há nada de iluminado em se encolher para que outras pessoas não se sintam inseguras ao seu redor. Todos nós devemos brilhar como as crianças fazem. Não está apenas em alguns de nós; está em todos. E quando deixamos nossas próprias luzes brilharem, inconscientemente damos permissão a outras pessoas para fazerem o mesmo. À medida que nos libertamos de nosso próprio medo, nossa presença automaticamente libera os outros.”

 

Chris (Will Smith) dá conselhos a seu filho em A Procura da Felicidade (2006)

Duvido que você não conheça esse discurso!

“Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa. Se você tem um sonho tem que correr atrás dele. As pessoas não conseguem vencer e dizem que você também não vai vencer. Se você quer uma coisa corre atrás.”.

 

Discurso Motivacional de John Keating (Robin Williams) Sobre Aproveitar o Dia da Sociedade dos Poetas Mortos (1989)

John Keating motiva seus alunos com um sentimento simples: aproveite o dia. Pode parecer um clichê, mas é um sentimento útil para aqueles presos nas dificuldades da carreira ou da vida pessoal.

“Carpe Diem. Aproveitem o dia, rapazes. Façam sua vida extraordinária”

 

Brené Brown: O Poder da Vulnerabilidade (2013)

Brené Brown enfatiza a diferença entre empatia e simpatia. Uma resposta simpática pode ser bem-intencionada, mas pode criar desconexão, empurrando uma fresta de esperança que a outra pessoa não quer. A empatia, por outro lado, é conectar-se à experiência da outra pessoa em um nível profundamente pessoal — localizando o que ela está sentindo dentro de você. 

“A empatia é uma escolha, e é uma escolha vulnerável. Porque para me conectar com você, eu tenho que me conectar com algo em mim que conhece esse sentimento.”

 

Jim Carrey: Discurso motivacional de início na Maharishi University of Management (2014)

Um dos nossos prediletos. O conselho do comediante para uma vida bem-sucedida e recompensadora é simples: descubra como você quer servir ao mundo e busque isso. 

“Quando eu tinha cerca de 28 anos, depois de uma década como comediante profissional, percebi uma noite em Los Angeles que o propósito da minha vida sempre foi libertar as pessoas da preocupação, assim como meu pai. E quando percebi isso, chamei minha nova devoção de Igreja da Liberdade de Preocupação. E me dediquei a esse ministério. O que é seu? Como você servirá ao mundo? O que eles precisavam que seu talento pode oferecer? Isso é tudo que você tem que descobrir.”

 

Discurso motivacional de Rocky (Sylvester Stallone) para seu filho em Rocky Balboa  (2006)

O discurso motivacional de Rocky é sobre não deixar o fracasso definir você. Este é um bom conselho, não importa em qual âmbito você aplique isso.

“Deixe-me dizer uma coisa que você já sabe. O mundo não é só sol e arco-íris. É um lugar muito mesquinho e desagradável, e não importa o quão durão você seja, ele vai te deixar de joelhos e mantê-lo lá permanentemente se você deixar. Você, eu ou ninguém vai bater tão forte quanto a vida. Mas não é sobre o quão forte você bate. É sobre o quão forte você pode ser atingido e seguir em frente. É sobre o quanto você pode aguentar e continuar seguindo em frente. É assim que se ganha!” 

 

E aí, se inspirou e está pronto para colocar tudo isso o que aprendeu em prática?

Esperamos que todo esse conhecimento tenha sido de grande valia para você! 🙂

 

E ficamos por aqui…

Agora você sabe a importância de falar em público. Também aprendemos sobre a história de falar em público em Roma e na Grécia e qual a definição de falar em público nos dias atuais.

Vimos, também, algumas técnicas que irão ajudar você a fazer um discurso público de qualidade. Por fim, vimos alguns discursos curtos, mas inspiradores, que nos fornecem uma fonte de bons exemplos de oratória e do quão forte uma mensagem pode ser sentida pelo ouvinte.

Esperamos que tenha gostado deste curso online profissionalizante de Técnicas para Falar em Público.

Agora você pode solicitar todos os certificados de conclusão deste curso.

Desejamos a você todo o sucesso do mundo. Até o próximo curso! 

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