Introdução à Psicanálise

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  1. Introdução à Psicanálise (180 horas)
  2. Pré-consciente, Consciente e Inconsciente de Freud (20 horas)
  3. Técnicas Psicanalíticas: Parapraxia (20 horas)
  4. Técnicas Psicanalíticas: Associação Livre de Ideias (20 horas)
  5. Técnicas Psicanalíticas: Análise dos Sonhos (20 horas)
  6. Concepção de Estrutura da Personalidade de Freud: Id, Ego e Superego (20 horas)
  7. Psicologia Junguiana: Carl Jung (20 horas)
  8. Psicanálise Lacaniana: Jacques Lacan (20 horas)
  9. Aplicações Clínicas da Psicanálise (20 horas)
  10. Métodos e Técnicas Modernas de Psicanálise (20 horas)

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Então, vamos conversar um pouco sobre a psicanálise, essa área tão fascinante que mexe com a mente e com a alma, e sobre o cara que deu origem a tudo isso: Sigmund Freud. Quando a gente fala em psicanálise, o nome de Freud vem automaticamente à cabeça, né? Não tem como escapar!

Esse médico austríaco foi o pioneiro em explorar as profundezas do inconsciente, e a história dele é cheia de reviravoltas e descobertas que mudaram o jeito como a gente entende a mente humana.

Sigmund Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em uma cidadezinha chamada Freiberg, que hoje faz parte da República Tcheca, mas que na época era território do Império Austríaco.

Desde pequeno, Freud já mostrava uma curiosidade intensa pelo mundo ao seu redor. Ele era o tipo de garoto que queria entender o porquê das coisas, sabe? Aquela criança que desmonta o brinquedo só para ver como ele funciona por dentro.

Freud teve uma vida cheia de altos e baixos, e não foi fácil pra ele ver suas ideias ganhando aceitação. No começo, ele foi muito criticado e até ridicularizado. As ideias dele eram inovadoras demais para a época, e muita gente não estava preparada para ouvir que tinha desejos reprimidos ou que a infância influenciava a vida adulta de forma tão significativa.

Mas Freud não desistiu. Ele continuou trabalhando, escrevendo e desenvolvendo suas teorias, sempre buscando entender melhor o que se passava no inconsciente das pessoas. Ele também fundou a Sociedade Psicanalítica de Viena, onde começou a formar outros psicanalistas que continuaram a desenvolver suas ideias.

Ele acabou se formando em medicina na Universidade de Viena, em 1881. Inicialmente, Freud estava interessado em neurologia e fez várias pesquisas nessa área, mas, aos poucos, ele começou a se interessar por algo um pouco mais “obscuro”, digamos assim: a mente humana e seus mistérios. E foi nessa busca que ele começou a trilhar o caminho que levaria à criação da psicanálise.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Freud viu de perto o sofrimento causado pelo conflito, e isso influenciou muito sua visão sobre a natureza humana. Ele começou a pensar mais sobre a agressividade e os impulsos destrutivos que todos nós temos e como a sociedade tenta controlá-los.

No final da vida, Freud enfrentou uma batalha contra o câncer de boca, resultado do seu hábito de fumar charutos. Ele continuou trabalhando até quase o final, mas o sofrimento físico foi intenso. Em 1938, com a ascensão do nazismo, Freud, que era judeu, teve que fugir da Áustria e se exilou em Londres, onde morreu no ano seguinte, em 1939.

Tá, mas de onde veio essa ideia de psicanálise?

Bom, a história começa com Freud se aprofundando no estudo de distúrbios mentais, como a histeria, que era um grande mistério na época. Ele começou a perceber que os sintomas dos seus pacientes, como paralisias e desmaios, não tinham uma causa física aparente. Então, se não era o corpo, só podia ser a mente, certo?

Foi aí que ele se uniu ao médico francês Jean-Martin Charcot, que estudava a hipnose como tratamento para a histeria. Freud ficou fascinado com a ideia de que a mente tinha o poder de influenciar o corpo de maneiras tão intensas. Mas ele não parou por aí, né? Ele não era o tipo de cara que se contentava com respostas simples.

Freud começou a desenvolver a ideia de que existia uma parte da mente que a gente não tinha consciência, mas que influenciava profundamente nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Ele chamou essa parte de “inconsciente“. E foi aí que ele teve aquele momento “Eureka!”, que deu origem à psicanálise.

 

A Mente em Três Partes: o que é o Consciente, Pré-consciente e o Inconsciente?

Pra começar, vamos entender o que Freud queria dizer com “mente inconsciente”.

Quando a gente pensa na mente, normalmente imagina um lugar onde estão nossos pensamentos, memórias e sentimentos, né? Só que Freud sugeriu que tem muito mais coisa acontecendo por debaixo dos panos. Ele dividiu a mente em três partes: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente. Deixa eu te explicar de forma bem didática:

  1. Consciente: É aquela parte da mente que a gente usa no dia a dia, onde ficam nossos pensamentos e percepções imediatas. Tudo o que você está ciente no momento, como ler esse texto, tá no consciente.

  2. Pré-consciente: É como um armário onde guardamos as memórias e informações que não estamos pensando agora, mas que podemos acessar quando quisermos. O pré-consciente é frequentemente referido como “subconsciente”, mas é fundamental ressaltar que Freud não utilizava essa expressão. O pré-consciente diz respeito a conteúdos que podem ser acessados pela consciência, embora não permaneçam lá. Podemos entender o pré-consciente como uma camada intermediária entre o inconsciente e a consciência, atuando como um filtro para as informações que transitam entre esses níveis. Você consegue recordar algum incidente da sua infância em que sofreu uma lesão física? Por exemplo: ter caído da bicicleta, ralado o joelho ou quebrado um osso? Esse poderia ser um caso de um fato que estava no nível pré-consciente até você trazê-lo à tona na consciência agora. É importante destacar que o pré-consciente não está em um estado reprimido ou proibido, como geralmente ocorrem com os eventos do inconsciente mais relevantes para a psicanálise. Quando comparamos os diferentes níveis (consciente e inconsciente), percebemos que o pré-consciente é o menos explorado por Freud e podemos afirmar que é também o menos significativo em sua teoria.

  3. Inconsciente: Ah, aqui é onde a coisa fica interessante. O inconsciente é uma parte enorme da mente que guarda tudo aquilo que a gente não está ciente – e talvez nem queira estar. Nele, ficam desejos reprimidos, medos, memórias dolorosas, e tudo o que a gente “escondeu” de nós mesmos porque era muito difícil de lidar na época, e tudo isso forma nossa personalidade. Isso mesmo: desde a mais tenra infância, os primeiros amigos, as primeiras compreensões: tudo está guardado e nos moldando. Mas seria possível acessá-lo? Seria possível reviver essas lembranças? Para Freud, acessar essas lembranças é possível. Não em sua totalidade, mas de algumas fatias. Esse acesso acontece muitas vezes através dos sonhos, dos atos falhos e da terapia psicanalítica. Para Freud, a reflexão que mais interessa quanto ao inconsciente é vê-lo com uma porção de nossa mente que não está acessível pela lembrança clara, que não é fácil (talvez nem mesmo possível) convertê-lo em palavras claras. É possível afirmar que o inconsciente possui uma linguagem única, que não segue a linearidade temporal à qual estamos habituados. Ademais, o inconsciente não reconhece o “não”; ele opera com base na pulsão e, de certa forma, na agressividade e na busca imediata pela satisfação do desejo. Dessa forma, no âmbito individual, a mente pode estabelecer barreiras e proibições, conhecidas como recalques, para impedir a realização do desejo. No plano social, pode criar leis e normas morais, além de transformar essa energia em atividades consideradas “úteis” para a sociedade, como trabalho e arte; esse processo é denominado por Freud de sublimação.

 

E Como Freud Explorava o Inconsciente? Com Técnicas Psicanalíticas!

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Freud era como um explorador das profundezas da mente. Ele acreditava que, para entender realmente uma pessoa, era preciso acessar essa parte escondida. Mas como fazer isso, né? Não dá pra simplesmente perguntar para o inconsciente o que ele tem a dizer.

Freud desenvolveu (e combinou) várias dessas técnicas para chegar lá, naquele inconsciente, e a principal delas era a associação livre (por isso iremos nos concentrar mais nela, tudo bem?!)

 

Associação Livre

A associação livre é uma técnica que Freud desenvolveu lá no início do século XX, quando estava tentando entender a mente humana de um jeito novo, diferente do que se fazia até então. Basicamente, ele acreditava que para acessar o inconsciente – aquela parte da mente onde ficam guardados nossos desejos reprimidos, medos e lembranças traumáticas – era preciso deixar as ideias fluírem sem censura, sem filtro.

Então, ele colocava o paciente deitado em um divã (sim, o famoso divã de Freud) e pedia para a pessoa falar tudo o que viesse à cabeça. Não importava o quão bobo, sem sentido ou desconexo aquilo parecesse. A ideia era que, ao deixar as palavras fluírem livremente, o inconsciente acabaria dando as caras, revelando conteúdos que o consciente normalmente manteria escondido.

Na prática, a sessão de associação livre começava com o paciente deitado confortavelmente, com Freud sentado um pouco atrás, fora do campo de visão direto. Isso era intencional; Freud acreditava que a presença visual do analista poderia inibir a pessoa, fazer com que ela se sentisse julgada e, assim, censurasse o que dizia. Então, ele deixava o paciente “sozinho” com seus pensamentos.

A partir daí, o paciente começava a falar. Às vezes, Freud dava um ponto de partida, como um sonho que a pessoa tinha tido, uma memória específica ou um sentimento que estava incomodando. Outras vezes, ele simplesmente dizia: “Comece a falar, diga o que vier à mente”.

Imagine que uma pessoa começa a falar sobre como ficou irritada no trânsito hoje cedo. Essa irritação pode parecer algo trivial, mas ao continuar falando sem censura, o paciente pode começar a ligar essa raiva a outras situações: “O outro cara tentou me agredir porque parei no farol vermelho. Não tem motivo para isso! É como meu pai tentando bater na minha mãe por ela não ter lavado a roupa que ele mesmo sujou…”. E assim, sem perceber, o paciente começa a revelar aspectos de sua vida que estavam guardados no inconsciente, mas que influenciam seus sentimentos e comportamentos atuais.

Freud, como um verdadeiro detetive da mente, ia ouvindo atentamente, buscando padrões, temas recorrentes, e, principalmente, o que não estava sendo dito. O silêncio, as hesitações e até os desvios de assunto eram pistas valiosas.

Agora, a grande pergunta: essa técnica realmente funcionava? Bom, a resposta depende de quem você pergunta. Freud acreditava piamente na eficácia da associação livre. Ele via nela uma forma poderosa de trazer à tona conteúdos inconscientes, ajudar as pessoas a se entenderem melhor e, consequentemente, superar traumas e neuroses.

E, de fato, muitos dos pacientes de Freud relatavam melhorias significativas em suas condições após sessões de associação livre. Eles conseguiam perceber conexões entre seus problemas atuais e experiências passadas que nunca tinham relacionado antes. Isso, por si só, já era um grande passo rumo à cura.

Por outro lado, críticos da psicanálise apontam que a associação livre não tem uma base científica rigorosa. Eles argumentam que as interpretações de Freud eram muito subjetivas e que o processo de associação livre poderia levar a conclusões que refletiam mais as expectativas de Freud do que a realidade do paciente.

Além disso, como essa técnica depende muito da interpretação do analista. Um primeiro analista pode ver em uma fala simples uma ligação com um trauma infantil, enquanto o segundo pode interpretar a mesma fala como uma frustração momentânea sem maiores consequências.

Outra crítica é a falta de evidências científicas. A psicologia, especialmente nas últimas décadas, tem se voltado muito para métodos baseados em evidências. Isso significa que as terapias precisam ser testadas e mostrar, de forma clara e repetível, que funcionam. E, nesse ponto, a associação livre cai em desvantagem. É difícil testar cientificamente algo tão fluido e interpretativo e que lida diretamente com o inconsciente.

Além disso, alguns críticos sugerem que a associação livre pode, na verdade, gerar falsas memórias. Quando uma pessoa começa a falar livremente, sem censura, é possível que ela acabe criando ou exagerando lembranças para preencher lacunas, especialmente se influenciada pelas expectativas do analista. Isso pode ser perigoso, levando a interpretações erradas e, em alguns casos, a mais confusão do que clareza.

A Associação Livre ainda tem espaço hoje? Apesar das críticas, a associação livre não desapareceu. Ela ainda é usada em algumas correntes da psicanálise e em terapias que seguem a linha freudiana. Além disso, o conceito de que temos conteúdos inconscientes que influenciam nosso comportamento continua sendo amplamente aceito, mesmo que as técnicas para acessar esses conteúdos tenham evoluído.

Hoje, a terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, que é baseada em evidências e tem uma abordagem mais direta e estruturada, é muito mais popular. Mas a ideia de falar livremente, de explorar pensamentos e sentimentos sem censura, ainda tem seu valor em terapias que focam no autoconhecimento profundo do paciente.

 

Interpretação dos Sonhos

Pra começar, Freud chamava os sonhos de “o caminho real para o inconsciente”. E por quê?

Bom, ele acreditava que quando dormimos, nossa mente consciente, aquela que controla nossos pensamentos durante o dia, tira uma folga, e é aí que o inconsciente assume o controle. Então, os sonhos seriam como uma janela aberta para tudo o que guardamos lá no fundo – desejos reprimidos, medos, traumas, e por aí vai.

Na prática, Freud desenvolveu um método bem específico para interpretar esses sonhos. Primeiro, ele pedia ao paciente que contasse o sonho com o máximo de detalhes possível, sem se preocupar em fazer sentido ou em esconder partes que parecessem estranhas ou embaraçosas.

Pra Freud, cada pedacinho do sonho, mesmo o mais bizarro, tinha um significado. Depois, ele dividia o sonho em partes menores, que ele chamava de “conteúdo manifesto” – ou seja, o que a pessoa realmente sonhou. Mas, o verdadeiro truque de Freud estava em ir além desse conteúdo manifesto e tentar decifrar o “conteúdo latente”, que é o significado oculto do sonho.

Por exemplo, se uma pessoa sonhava que estava perdida numa floresta escura, Freud não via isso apenas como uma metáfora para o medo do desconhecido, mas também poderia interpretar como um sinal de um desejo reprimido de liberdade ou uma ansiedade em relação a algo que está fora de controle na vida dessa pessoa.

Tudo era uma questão de interpretação, e Freud usava as associações livres para ajudar o paciente a conectar os pontos.

E, claro, ele acreditava que os sonhos estavam profundamente ligados à sexualidade. Então, se alguém sonhasse com um objeto longo e fino, Freud provavelmente diria que aquilo tinha uma conotação sexual – mesmo que, pra quem sonhou, o objeto fosse só um lápis ou uma bengala. Pode parecer estranho pra gente hoje, mas, na época, isso era revolucionário!

 

Atos Falhos (também conhecida como parapraxia, lapso ou deslize freudiano)

Agora, vamos falar dos atos falhos, ou como Freud gostava de chamar, “lapsos freudianos”. Sabe quando você está conversando e, de repente, troca uma palavra por outra, ou simplesmente esquece o nome de alguém? Pra Freud, isso não era só um erro bobo, mas sim o inconsciente dando uma escapadinha e se revelando.

Na prática, Freud acreditava que esses atos falhos – que podiam ser desde uma palavra trocada até uma chave que você perde – eram mensagens do inconsciente. Eles eram como pequenas pistas do que realmente estava se passando na mente de uma pessoa, coisas que ela mesma talvez não quisesse admitir ou sequer soubesse que estavam ali.

Por exemplo, se alguém estivesse numa reunião importante e, em vez de dizer “Senhor Presidente”, dissesse “Senhor Impaciente”, Freud diria que isso revelava uma irritação ou ansiedade escondida que a pessoa estava sentindo em relação ao chefe. Pra ele, nada era por acaso; tudo tinha um significado mais profundo.

Por outro lado, é importante lembrar que a psicanálise não é uma ciência exata. Freud não tinha como provar cientificamente que os sonhos ou os atos falhos tinham sempre um significado oculto. Além disso, as interpretações freudianas podem ser bastante subjetivas. O que pode parecer um sinal claro de um desejo reprimido pra um psicanalista, pode ser visto como uma simples coincidência por outra pessoa.

Além disso, as teorias de Freud sobre a sexualidade humana e sua centralidade na psicanálise são vistas hoje com certa cautela. Muita gente acha que ele exagerava na interpretação sexual dos sonhos e dos atos falhos. Afinal, nem tudo o que vemos ou sonhamos tem necessariamente uma conotação sexual, não é verdade?

 

Como é a Nova Concepção de Estrutura da Personalidade de Freud?

A partir das investigações dada pela técnica de Associação Livre de Ideias, Freud foi levado a uma nova concepção da estrutura da personalidade: a identificação (ID), ego e superego.

Esses elementos trabalham juntos para criar comportamentos humanos complexos. De forma bem didática, vos explico:

  1. Id. Segundo Freud, o id é a fonte de toda energia psíquica, tornando-se o componente primário da personalidade. O id é o único componente da personalidade que está presente desde o nascimento. Este aspecto da personalidade é inteiramente inconsciente e inclui comportamentos instintivos e primitivos. O id é impulsionado pelo princípio do prazer, que busca a gratificação imediata de todos os desejos, vontades e necessidades. Se essas necessidades não forem satisfeitas imediatamente, o resultado é um estado de ansiedade ou tensão. Por exemplo, um aumento da fome ou da sede deve produzir uma tentativa imediata de comer ou beber. Imagine tentar convencer um bebê a esperar até a hora do almoço para comer sua refeição. O id requer satisfação imediata e, como os outros componentes da personalidade ainda não estão presentes, a criança chorará até que essas necessidades sejam satisfeitas. No entanto, atender imediatamente a essas necessidades nem sempre é realista ou mesmo possível. Se fôssemos governados inteiramente pelo princípio do prazer, poderíamos nos pegar pegando as coisas que queremos das mãos de outras pessoas para satisfazer nossos desejos. Esse comportamento seria perturbador e socialmente inaceitável, não é mesmo?! Embora as pessoas eventualmente aprendam a controlar o id, essa parte da personalidade continua sendo a mesma força infantil e primitiva ao longo da vida. É o desenvolvimento do ego e do superego que permite às pessoas controlar os instintos básicos do id e agir de maneira realista e socialmente aceitável.

  2. Ego. De acordo com Freud, o ego se desenvolve a partir do id e garante que os impulsos do id possam ser expressos de uma maneira aceitável no mundo real. O ego funciona na mente consciente, pré-consciente e inconsciente. O ego é o componente da personalidade responsável por lidar com a realidade. Todo mundo tem um ego. O termo ego é frequentemente usado informalmente para sugerir que alguém tem um senso inflado de si mesmo. No entanto, o ego na personalidade tem um efeito positivo. Freud comparou o id a um cavalo e o ego ao cavaleiro. O cavalo fornece força e movimento, enquanto o cavaleiro fornece direção e orientação. Sem seu cavaleiro, o cavalo vagaria por onde quisesse e faria o que quisesse. O cavaleiro dá ao cavalo instruções e comandos para levá-lo onde ele quer que ele vá. O ego, então, opera com base no princípio da realidade, que se esforça para satisfazer os desejos do id de forma realista e socialmente adequada. É a parte de sua personalidade que o mantém ancorado na realidade e impede que o id e o superego o levem muito longe em direção aos seus impulsos mais básicos ou virtudes moralistas. Ter um ego forte significa ter um forte senso de autoconsciência. Imagine que você está preso em uma longa reunião no trabalho. Você fica cada vez mais faminto à medida que a reunião se arrasta. Enquanto o id pode obrigá-lo a pular de sua cadeira e correr para a sala de descanso para um lanche, o ego o orienta a sentar-se em silêncio e esperar que a reunião termine. Em vez de agir de acordo com os impulsos primitivos do id, você passa o resto da reunião imaginando-se comendo um cachorro-quente. Quando a reunião finalmente terminar, você pode procurar o objeto que estava imaginando e satisfazer as demandas do id de forma realista e adequada.

  3. Superego. O último componente da personalidade a se desenvolver é o superego. Segundo Freud, o superego começa a surgir por volta dos cinco anos. Ele mantém os padrões e ideais morais internalizados que adquirimos de nossos pais e da sociedade (nosso senso de certo e errado). Ele fornece diretrizes para fazer julgamentos. O superego tem duas partes: a) a consciência, que inclui informações sobre coisas que são vistas como ruins pelos pais e pela sociedade. Esses comportamentos são muitas vezes proibidos e levam a más consequências, punições ou sentimentos de culpa e remorso e; b) o ideal do ego, que inclui as regras e padrões de comportamento que o ego aspira. O superego tenta aperfeiçoar e civilizar nosso comportamento. Ele suprime todos os impulsos e lutas inaceitáveis ​​do id para fazer o ego agir de acordo com padrões idealistas e não com base em princípios realistas. O superego está presente no consciente, pré-consciente e inconsciente. Exemplos do Superego: uma mulher sente vontade de roubar material de escritório do trabalho. No entanto, seu superego neutraliza esse desejo concentrando-se no fato de que tais comportamentos são errados; um homem percebe que o caixa da loja esqueceu de cobrá-lo por um dos itens que ele tinha no carrinho. Ele volta à loja para pagar o item porque seu senso internalizado de certo e errado o impele a fazê-lo; um aluno esqueceu de estudar para uma prova de história e sente vontade de enganar um aluno sentado por perto. Mesmo que ele sinta que as chances de ser pego são baixas, ele sabe que trapacear é errado, então ele suprime o desejo.

 

E como funciona essa interação do Id, Ego e Superego?

Ao falar sobre o id, o ego e o superego, é importante lembrar que não são três entidades separadas com limites claramente definidos. Esses aspectos são dinâmicos e sempre interagem para influenciar a personalidade e o comportamento geral de um indivíduo.

Com muitas forças concorrentes, é fácil ver como o conflito pode surgir entre o id, o ego e o superego. Freud usou o termo “força do ego” para se referir à capacidade do ego de funcionar apesar dessas forças em duelo. Uma pessoa que tem uma boa força de ego pode administrar essas pressões com eficácia, enquanto uma pessoa com muita ou pouca força de ego pode ser inflexível ou perturbadora.

Segundo Freud, a chave para uma personalidade saudável é um equilíbrio entre o id, o ego e o superego.

Se o ego for capaz de moderar adequadamente entre as exigências da realidade, o id e o superego, surge uma personalidade saudável e bem ajustada. Freud acreditava que um desequilíbrio entre esses elementos levaria a uma personalidade mal adaptativa, como irresponsabilidade, isolamento social, falta de assertividade e demonstrações de raiva.

Por exemplo, um indivíduo com um id excessivamente dominante pode se tornar impulsivo, incontrolável ou até criminoso. Tal indivíduo age de acordo com seus impulsos mais básicos sem se preocupar se seu comportamento é apropriado, aceitável ou legal. Por outro lado, um superego excessivamente dominante pode levar a uma personalidade extremamente moralista e crítica. Por fim, uma pessoa governada pelo superego pode não ser capaz de aceitar uma coisa ou alguém que considere “ruim” ou “imoral”.

 

Teorias em Psicologia: Freud Vs Jung Vs Lacan

Vamos dar uma olhada nas diferenças e semelhanças entre a psicologia de Freud, Jung e Lacan? Porque, olha, se tem uma coisa que esses caras têm em comum é a capacidade de mexer com nossas cabeças de um jeito profundo. Mas, ao mesmo tempo, cada um seguiu seu próprio caminho, criando teorias que, embora partam de um ponto comum, tomam direções bem diferentes.

Então, vamos lá!

 

Psicologia Freudiana: O Começo de Tudo

Primeiro, é importante lembrar que Freud é o “pai” da psicanálise. Ele foi o pioneiro que começou a explorar o inconsciente humano, aquele lugar sombrio e misterioso onde guardamos nossos desejos reprimidos, traumas, medos, e tudo aquilo que a sociedade não nos deixa expressar abertamente. Freud acreditava que boa parte do que somos e fazemos é resultado dessas forças inconscientes agindo sobre nós, principalmente no que diz respeito aos impulsos sexuais.

Freud via a libido – aquela energia vital que impulsiona a vida – como algo essencialmente ligado ao desejo sexual. Para ele, a sexualidade era o grande motor das nossas ações e, muitas vezes, das nossas neuroses. Sabe aquele sonho esquisito ou aquela ansiedade sem explicação? Freud diria que, no fundo, isso é a libido tentando se expressar, mas sendo bloqueada por nossos filtros morais e sociais.

Além disso, Freud desenvolveu a ideia do inconsciente como um depósito de tudo que reprimimos. É como se fosse um grande porão mental, onde jogamos todas as coisas que não queremos ou não podemos lidar conscientemente. E, segundo Freud, essas coisas não ficam lá quietinhas; elas continuam influenciando nossos comportamentos e pensamentos de maneiras que nem sempre percebemos.

 

Psicologia Junguiana: O Discípulo que Seguiu um Novo Caminho

Agora, Carl Jung. Jung foi um dos alunos mais próximos de Freud, mas, eventualmente, ele decidiu que não dava pra seguir exatamente o mesmo caminho do mestre. As ideias deles começaram a divergir, especialmente em três pontos principais: a natureza da libido, o inconsciente e as causas do comportamento humano.

Jung acreditava que a libido não era apenas sobre sexo. Ele via a libido como uma energia psíquica mais ampla, que poderia impulsionar não só os desejos sexuais, mas também a espiritualidade, a criatividade, e até a busca por significado na vida. Ou seja, enquanto Freud estava focado nos desejos mais básicos e instintivos, Jung achava que nossa energia vital poderia ser canalizada para outras áreas.

Outra diferença fundamental está na visão do inconsciente. Para Freud, o inconsciente era aquele depósito de desejos reprimidos. Jung, por outro lado, introduziu a ideia do inconsciente coletivo. Isso mesmo, coletivo! Jung acreditava que, além do inconsciente individual, cada um de nós carrega dentro de si um inconsciente que é compartilhado com toda a humanidade, composto por memórias e experiências ancestrais. É como se todos nós tivéssemos uma base comum de experiências humanas que molda nossas vidas, quer percebamos isso ou não.

E, por fim, as causas do comportamento. Freud estava sempre olhando para o passado, acreditando que nossas experiências infantis eram as grandes moldadoras do nosso comportamento adulto. Jung, no entanto, achava que nossas aspirações futuras também tinham um papel importante. Em outras palavras, não somos apenas o resultado do nosso passado, mas também do que buscamos para o nosso futuro.

 

Psicologia Lacaniana: O Retorno ao Inconsciente com um Toque de Linguística

E aí, chegamos em Jacques Lacan, o psicanalista francês que, alguns anos depois de Freud, propôs um retorno às ideias do mestre, mas com uma pegada diferente. Lacan trouxe um foco renovado no inconsciente e, principalmente, na importância da linguagem.

Lacan era fascinado pela ideia de que a linguagem molda a forma como pensamos e como nos entendemos. Ele acreditava que, a partir do momento em que aprendemos a linguagem, nos afastamos daquilo que ele chamou de o real.

Para Lacan, o “real” é aquele estado bruto da existência, antes de sermos moldados pela sociedade e pela linguagem. É o estado em que nossas necessidades básicas – como comer, se proteger e reproduzir – dominam. Mas, uma vez que aprendemos a falar, entramos em um mundo simbólico, onde tudo o que experimentamos é filtrado e moldado pelas palavras e símbolos que usamos.

Lacan propôs que a mente humana opera em três ordens: o Real, o Simbólico e o Imaginário. Já falei um pouco do Real, mas é importante entender como ele se relaciona com as outras duas ordens.

A Ordem Simbólica é onde vive nossa linguagem, nossas leis, normas sociais e todas as regras que guiam nosso comportamento. É onde nossos desejos e emoções são processados, mas nem sempre de forma completa. Sabe quando você tenta explicar um sentimento, mas as palavras simplesmente não conseguem capturar o que você está sentindo? Isso é o Simbólico lutando para interpretar algo que pertence mais ao Real ou ao Imaginário.

Por fim, temos a Ordem Imaginária, que é onde nossa imagem de nós mesmos e do mundo ao nosso redor é formada. É aqui que entra o famoso Estágio do Espelho, outro conceito-chave de Lacan. Esse estágio acontece quando a criança se vê no espelho e começa a reconhecer aquela imagem como sendo ela mesma. Mas tem um porém: essa imagem que a criança vê é uma versão idealizada, que muitas vezes não corresponde à realidade do seu ser físico e emocional. E é essa imagem idealizada que muitas vezes perseguimos ao longo da vida, tentando corresponder a uma versão de nós mesmos que, na verdade, é apenas um reflexo.

 

Comparações Finais: Freud, Jung e Lacan

Então, qual é a grande diferença entre esses três gigantes da psicologia?

Bom, Freud é o ponto de partida, o cara que mergulhou nas profundezas da mente e trouxe à tona a importância do inconsciente e dos desejos reprimidos.

Jung pegou essas ideias e expandiu-as, trazendo uma visão mais ampla, que inclui a espiritualidade e o inconsciente coletivo.

E Lacan? Ele deu um giro linguístico na coisa toda, focando em como a linguagem e os símbolos moldam nossa percepção do mundo e de nós mesmos.

E aí, quem estava certo? Bem, essa é uma questão que gera debates até hoje. Cada um deles trouxe algo valioso para a mesa, e, dependendo da perspectiva, você pode achar que um faz mais sentido do que o outro. Mas, o mais importante é que, juntos, eles ajudaram a moldar a forma como entendemos a mente humana hoje.

 

Por fim, a Psicanálise Hoje: Quais os Métodos e Técnicas na Era Moderna?

Na abordagem psicanalítica, o foco está na mente inconsciente e não na mente consciente. Isso já ficou claro, né?! Em outras palavras, a abordagem é construída sobre a ideia fundamental de que seu comportamento é determinado por experiências de seu passado que estão alojadas em sua mente inconsciente.

Embora o foco no sexo tenha diminuído ao longo das décadas desde que a psicanálise foi fundada, a psicologia e a terapia da fala ainda dão grande ênfase às experiências da primeira infância. Isso se baseia na suposição de que a atual perspectiva “desadaptativa” está ligada a fatores de personalidade profundamente arraigados nos primeiros anos de vida.

Transtornos de ansiedade como fobias, ataques de pânico, transtornos obsessivo-compulsivos e transtorno de estresse pós-traumático são áreas óbvias em que a psicanálise moderna pode ser considerada eficaz.

Certamente, a terapia psicanalítica para depressão também é uma das maneiras mais efetivas de auxiliar o paciente a compreender e enfrentar os desafios que está passando. Entretanto, um cuidado especial é tomado com a transferência ao trabalhar com clientes deprimidos devido à sua necessidade irresistível de depender dos outros. As pessoas deprimidas podem ser muito inativas ou desmotivadas para participar da sessão.

E este é um desafio e tanto para os profissionais da Era Moderna, já que casos de transtornos de ansiedade e depressão estão cada vez mais em alta! Muitos críticos acham que a psicanálise é coisa do passado; muitos outros, no entanto, acreditam que ela é, mais do que nunca, o futuro.

Vamos dar uma olhada nas técnicas e métodos que fazem parte da psicanálise moderna? Apesar de serem complexos, esses conceitos são fundamentais para entender como funciona o processo de análise e como ele pode ajudar alguém a lidar com seus conflitos internos.

E como sempre, vou tentar deixar a explicação bem fluida para facilitar o entendimento, ok?! Vamos lá:

  1. Interpretação: Decifrando o Inconsciente. Quando falamos de interpretação na psicanálise, estamos falando de uma técnica central onde o analista e o cliente entram num diálogo profundo. Essa conversa não é só uma troca de ideias, mas um verdadeiro trabalho de detetive, onde o analista tenta desvendar o que está escondido nas entrelinhas do que o cliente diz. Sabe aquela história de que às vezes o que não é dito fala mais alto do que as palavras? Pois é, aqui isso é levado ao extremo. O papel do analista é ajudar o cliente a enxergar os mecanismos de defesa que ele usa sem perceber. Esses mecanismos são estratégias que a gente cria ao longo da vida pra se proteger de sentimentos dolorosos ou de situações difíceis. Pode ser uma negação, uma projeção, uma repressão, enfim, são muitas as formas que o inconsciente encontra pra tentar nos proteger, mesmo que às vezes acabe nos prejudicando. E é aí que entra a interpretação do analista, que vai trazer à tona esses mecanismos e tentar mostrar ao cliente o porquê deles existirem. A interpretação se desdobra em três passos principais: 1. Clarificação, onde o analista ajuda o cliente a entender o que ele próprio está pensando e sentindo, mas que talvez não esteja totalmente claro pra ele. É como limpar o vidro de uma janela suja para enxergar o que está do outro lado; 2. Confrontação, onde o analista destaca aspectos do comportamento do cliente que ele talvez não esteja percebendo. Pode ser uma expressão facial, um gesto, ou até a maneira como ele organiza suas palavras. A ideia é fazer com que o cliente tome consciência dessas partes não-verbais que podem estar revelando muito mais do que ele imagina e; 3. Interpretação propriamente dita, onde finalmente o analista propõe uma hipótese sobre o que tudo isso significa no nível inconsciente. Ele tenta conectar os pontos entre o que foi dito, o que foi observado, e o que está por trás disso tudo, oferecendo uma interpretação que faça sentido para o cliente. É como montar um quebra-cabeça onde cada peça revela um pouco mais da imagem completa.

  2. Análise de Transferência: Revivendo o Passado no Presente. Transferência é um termo que Freud adorava e com razão. Basicamente, é quando o cliente, sem perceber, começa a projetar sentimentos e conflitos antigos em cima do analista. Isso pode parecer meio estranho, mas pense assim: todos nós carregamos bagagens emocionais de nossas experiências passadas, especialmente da infância, e essas bagagens influenciam como nos relacionamos com as pessoas no presente. Na prática, o cliente pode começar a tratar o analista como trataria uma figura importante do seu passado – pode ser um pai, uma mãe, um irmão. E o analista, atento a isso, observa como essa dinâmica se desenrola nas sessões. Ele percebe como o cliente está tentando influenciá-lo de certa forma, repetindo padrões antigos de comportamento. Essa análise da transferência é crucial porque permite ao analista entender como os conflitos do passado estão se manifestando no presente. E, mais importante, dá ao cliente a oportunidade de ver esses padrões em ação, o que pode ser o primeiro passo para quebrá-los. Por exemplo, se uma pessoa sempre teve medo de ser abandonada pelos pais, ela pode começar a temer que o analista também a abandone, mesmo sem motivo. Reconhecer isso pode ajudar o cliente a entender e, eventualmente, superar esse medo.

  3. Neutralidade Técnica: O Espelho da Consciência. A neutralidade técnica é uma das pedras angulares da psicanálise e talvez uma das mais difíceis de entender e aplicar. O que ela significa, na prática, é que o analista deve permanecer imparcial, sem se envolver emocionalmente nos conflitos internos do cliente. Parece simples, mas, na verdade, é uma tarefa bem complexa. O analista precisa se manter à mesma distância do id (a parte mais instintiva da mente), do ego (a parte que lida com a realidade) e do superego (a consciência moral). Ele também não deve impor seus próprios valores ou julgamentos sobre o que o cliente está vivendo. A ideia é que o analista funcione como um espelho, refletindo de volta para o cliente as suas próprias palavras, sentimentos e comportamentos. Assim, o cliente pode se ver de uma forma mais clara e objetiva. Muitas vezes, essa postura neutra pode ser mal interpretada pelo cliente como frieza ou desinteresse. Mas, na verdade, ela é essencial para que o cliente se sinta livre para explorar seus pensamentos e emoções sem medo de ser julgado ou influenciado pelo analista. É essa neutralidade que cria um espaço seguro onde o cliente pode realmente se abrir e começar a trabalhar em seus conflitos internos.

  4. Análise de Contratransferência: O Analista Também é Humano. Por último, mas não menos importante, temos a contratransferência, que é quando os sentimentos e reações do próprio analista entram em jogo. Sim, o analista também é humano e tem suas próprias emoções, e essas emoções podem ser despertadas pelo que o cliente traz para a sessão. A contratransferência pode ser vista como um termômetro do que está acontecendo na análise. Se um analista, por exemplo, começa a sentir raiva ou impaciência durante uma sessão, isso pode indicar que algo no material do cliente está ativando uma resposta emocional nele. Isso não é necessariamente ruim, mas é algo que o analista precisa estar ciente e analisar. A chave aqui é que o analista deve ser capaz de reconhecer essas reações e usá-las de forma construtiva. Em vez de deixar que suas próprias emoções interfiram no tratamento, ele deve examiná-las para entender melhor o que está acontecendo na dinâmica entre ele e o cliente. Essa autoanálise é fundamental para que o analista possa continuar sendo um espelho neutro e eficaz para o cliente.

Esses quatro componentes – interpretação, análise de transferência, neutralidade técnica e análise de contratransferência – são como as quatro pernas de uma cadeira que sustenta a prática da psicanálise moderna. Sem qualquer um deles, o processo não se sustentaria.

Cada um desses elementos contribui para criar um espaço onde o cliente pode explorar seus conflitos internos e, eventualmente, encontrar um caminho para a cura e o autoconhecimento.

E aí, conseguiu entender melhor como tudo isso funciona na prática?

 

Esperamos que todo esse conhecimento tenha sido de grande valia para você! 🙂

 

E ficamos por aqui…

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